sexta-feira, 30 de março de 2012

Uma "historia" de ficção 'real'!

Dona Maria, a Educação e o PisoDona Maria, a vizinha de um amigo, saiu cedo para comprar um pacote de café, além de verduras e legumes para preparar o almoço, como acontece todos os dias. Naquele momento, seus dois filhos, Ana Rita e Joãozinho, já se encontravam numa escola pública da cidade. Dona Maria insistia em dizer para os amigos que, quando criança, não pode estudar, pois tinha que trabalhar na lavoura para ajudar os pais dela.- Quero que meus filhos façam o que eu não pude fazer. Quero que eles estudem, que se formem, que arranjem um bom emprego e se tornem gente na vida", dizia dona Maria, na sua forma simples e direta de ver as coisas.A frase aparentemente comum desta senhora reflete muitas verdades. A primeira delas, sobre a importância da Educação na nossa vida. A escola tem uma importância muito grande para todos nós. É através do estudo formal nas escolas que a maioria da população tem acesso às letras, aprende a ler, a escrever, a resolver os cálculos matemáticos, dos mais simples aos mais complexos; adquire noções gerais de espaço, de tempo; aprende sobre a história da humanidade, sobre a geografia sócio-espacial; adquire noções sobre biologia, física, química, filosofia, sociologia, educação artística e educação física, além de iniciar o aprendizado em outras línguas. É um novo horizonte que se abre a cada dia na vida dos estudantes, não importa a idade que eles tenham.Mas, a escola não apenas contribui para proporcionar aprendizado e conhecimentos, ela gera a interação entre os alunos, e entre estes e os profissionais da Educação, responsáveis pela produção do ensino que é realizado no espaço escolar. E a dona Maria, vizinha de um amigo, naquela passagem curta e objetiva, disse mais duas outras verdades: preparar o estudante para algum ofício, e para ser gente na vida. Talvez esta última parte da fala da dona Maria seja a mais importante: a escola pode preparar as pessoas para o chamado mercado de trabalho, isso acontece de fato. Mas a melhor preparação que uma escola pode dar é através da formação cidadã, da formação crítica de cada estudante.Quando se aprende a ver o mundo de forma diferente, a desenvolver uma opinião crítica sobre as coisas que acontecem à nossa volta; ou a enxergar com outro olhar aquilo que tentam nos convencer pela TV ou pela rádio, significa que se adquiriu um valioso instrumental de análise e percepção das coisas, para toda a vida. Formar pessoas capazes de pensar a sua existência, individual e coletiva, de forma crítica, com independência no pensar, é proporcionar qualidade na formação destas pessoas. Este é o principal papel da escola.Esse tipo de educação depende de profissionais preparados e devidamente valorizados e motivados. Quando a dona Maria matriculou seus filhos numa escola pública, ela esperava que aquela instituição oferecesse para os filhos dela o melhor em matéria de ensino. Mas, para que haja este ensino de qualidade, é necessário que o estado, ou seja, que os governos invistam parte expressiva do dinheiro público na valorização dos profissionais da Educação. Para isso a lei federal determinou que houvesse o pagamento de um piso salarial nacional para os educadores. O piso é a parte mínima, inicial, que, acrescida de gratificações e vantagens que o profissional adquire na sua carreira, poderia atender as necessidades básicas de sobrevivência deste profissional da educação.Mas, dona Maria não sabe que na escola onde seus filhos estudam muitos professores abandonaram a carreira, pois encontraram outra atividade fora da Educação com remuneração bem mais atraente. Ela também não sabe que os outros professores, que decidiram permanecer na Educação, encontram-se desmotivados, pois o governo do estado de Minas não paga o piso salarial que é lei federal, e além disso alterou a carreira dos profissionais da Educação, provocando grandes perdas para estes servidores.A Constituição Federal assegura que os filhos da dona Maria têm direito ao ensino público gratuito, universal e de qualidade. Esta mesma constituição considera que, para atingir este objetivo, é preciso valorizar o trabalho dos educadores, e o pagamento do piso salarial é um dos instrumentos para que isso aconteça.Ao não pagar o piso, o governante - seja ele federal, estadual ou municipal - está contrariando, desobedecendo a legislação federal. Além disso, ao não pagar o piso corretamente na carreira, como manda a lei, os governos contribuem para destruir a carreira do magistério e a própria escola pública. E como consequência disso, ajudam a destruir o sonho da dona Maria e dos seus dois filhos, e de muitas outras Marias, Anas e Joãozinhos.Por isso, é importante que os educadores, com o apoio da dona Maria, dos seus vizinhos e filhos se juntem numa luta comum pela Educação pública de qualidade para todos, com a valorização dos profissionais da Educação, exigindo do governo do estado (ou federal, ou municipal), o correto cumprimento da Lei do Piso.Pergunta-se: o que se pode fazer para que a lei seja cumprida? Por que será que os governos não investem na Educação e nos educadores? O que a comunidade pode e deve fazer para exigir os seus direitos, como: Educação pública de qualidade, Saúde pública decente, moradia digna, segurança, lazer, entre outros?
Fonte:Blog do NDG

segunda-feira, 5 de março de 2012

Estados não garantem piso para professor

05-MAR-2012 FOLHA DE S. PAULO

Das 27 unidades da federação, ao menos 11 não têm plano para que lei federal aprovada em 2008 seja cumpridaGovernadores dizem haver dificuldades de caixa; professores ameaçam parar para que salário seja pagoMesmo com a medida estabelecida em lei desde 2008, Estados não garantem que vão cumprir o novo piso salarial para os professores, anunciado pelo Ministério da Educação na última semana.Levantamento da Folha mostra que ao menos 11 não têm prazo para se adaptar.Entre eles, seis dizem que pretendem conceder o reajuste, mas sem saber quando.Cinco ainda analisam o impacto do reajuste no orçamento e não garantem se vão conseguir cumprir a medida.O novo piso salarial foi calculado em R$ 1.451 -o que corresponde a pouco mais do que dois salários mínimos. O valor, para professores com jornada semanal de 40 horas, representa reajuste de 22,22% em relação ao ano passado.O MEC usa o gasto por aluno no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) como base para o aumento. Alguns governos querem o cálculo com base no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que fechou 2011 em 6,08%.Entre os Estados que ainda não sabem se conseguirão se adaptar, o caso mais grave é do Rio Grande do Sul, que tem o menor piso do país: R$ 791.No fim de fevereiro, o Estado chegou a fazer um plano para cumprir o piso antigo -mas só em 2014. A lei determina reajuste anual, mas não há punição para quem a descumpre -o que pode haver é um questionamento judicial.Para o governador Tarso Genro (PT), o ministro da Educação e seu colega de partido, Aloizio Mercadante, tem opinião "furada" sobre o piso.No Piauí, professores iniciaram greve na segunda passada exigindo o piso. O governo diz que analisa se há condições de dar o reajuste.A ameaça de greve também existe no Rio Grande do Sul e no Pará, onde o ano letivo, previsto para ter início em abril, pode nem começar. O governo paraense propõe um aumento gradual, chegando em setembro ao valor do piso.A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação anunciou greve nacional por três dias na semana que vem. Uma das reivindicações é o cumprimento da lei.Para Romualdo Portela, professor da Faculdade de Educação da USP, o fato de os Estados não reajustarem o piso demonstra falta de esforço para investir em educação."O valor do piso não é nenhum absurdo. Para ter bons professores seria preciso pagar até mais", afirma Portela.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Produção de Conto psicológico - 9º ano

Narrar lembranças de uma festa de aniversário utilizando o tempo psicológico.
Descrever o(a) aniversariante, convidados, objetos, doces, salgados, o que houver.
Transmitir a emoção vivida pelo(a) aniversariante, o momento de maior tensão e o desfecho da comemoração.