quarta-feira, 13 de março de 2013

Pré-Modernismo

Homem das Sete Cores (1915/16), Anita Malfatti. Exposição



O pré-modernismo deve ser situado nas duas décadas iniciais deste século, até 1922, quando foi realizada a Semana da Arte Moderna. Serviu de ponte para unir os conceitos prevalecentes do Parnasianismo, Simbolismo, Realismo e Naturalismo.
O pré-modernismo não foi uma ação organizada nem um movimento e por isso deve ser encarado como fase.
Não possui um grande número de representantes mas conta com nomes de imenso valor para a literatura brasileira que formaram a base dessa fase.
O pré-modernismo, também conhecido como período sincrético. Os autores embora tivessem cultivado formalismos e estilismos, não deixaram de mostrar inconformismo perante suas próprias consciências dos aspectos políticos e sociais, incorporando seus próprios conceitos que abriram o caminho para o Modernismo.
Essa foi uma fase de uma grande transição que nos deixou grandes jóias como Canaã de Graça Aranha; Os Sertões de Euclides da Cunha; e Urupês de Monteiro Lobato.
O que se convencionou em chamar de Pré-Modernismo, no Brasil, não constitui uma escola literária, ou seja, não temos um grupo de autores afinados em torno de um mesmo ideário, seguindo determinadas características. Na realidade, Pré-Modernismo é um termo genérico que designa toda uma vasta produção literária que caracterizaria os primeiros vinte anos deste século. Aí vamos encontrar as mais variadas tendências e estilos literários, desde os poetas parnasianos e simbolistas, que continuavam a produzir, até os escritores que começavam a desenvolver um novo regionalismo, outros preocupados com uma literatura política e outros, ainda, com propostas realmente inovadoras.
Por apresentarem uma obra significativa para uma nova interpretação de realidade brasileira, bem como pelo valor estilístico, limitaremos o Pré-Modernismo ao estudo de Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos. Assim, abordaremos o período que se inicia em 1902 com a publicação de dois importantes livros - Os sertões, de Euclides da Cunha e Canaã, de Graça Aranha - e se estende até o ano de 1922, com a realização da Semana da Arte Moderna.


Momento Histórico

Enquanto a Europa se prepara para a Primeira Guerra Mundial, o Brasil começa a viver, a partir de 1894, um novo período de sua história republicana: com a posse do paulista Prudente de Morais, primeiro presidente civil, inicia-se a "República do café-com-leite", dos grandes proprietários rurais, em substituição a "República da Espada" (governos do marechal Deodoro e do marechal Floriano). É a áurea da economia cafeeira no Sudeste; é o movimento de entrada de grandes levas de imigrantes, notadamente os italianos; é o esplendor da Amazônia com o ciclo da borracha; é o surto de urbanização de São Paulo.
Mas toda esta prosperidade vem deixar cada vez mais claros os fortes contrastes da realidade brasileira. É, também, o tempo de agitações sociais. Do abandono do Nordeste partem os primeiros gritos da revolta. Em fins do século XIX, na Bahia, ocorre a Revolta de Canudos, tema de Os sertões, de Euclides da Cunha; nos primeiros anos do século XX, o Ceará é o palco de conflitos, tendo como figura central o padre Cícero, o famoso "Padim Ciço"; em todo o sertão vive-se o tempo do cangaço, com a figura lendária de Lampião.
O Rio de Janeiro assiste, em 1904, a uma rápida mais intensa revolta popular, sob o pretexto aparente de lutar contra a vacinação obrigatória idealizada por Oswaldo Cruz; na realidade, tratava-se de uma revolta contra o alto custo de vida, o desemprego e os rumos da República. Em 1910, há outra importante rebelião, desta vez dos marinheiros liderados por João Cândido, o "almirante negro", contra o castigo corporal, conhecida como a "Revolta de Chibata". Ao mesmo tempo, em São Paulo, as classes trabalhadoras sob a orientação anarquista, iniciam os movimentos grevistas por melhores condições de trabalho.
Essas agitações são sintomas de crise na "República do café-com-leite", que se tornaria mais evidente na década de 1920, servindo de cenário ideal para os questionamentos da Semana da Arte Moderna.


Características

Apesar de o Pré-Modernismo não constituir uma escola literária, apresentando individualidades muito fortes, com estilos às vezes antagônicas - como é o caso, por exemplo, de Euclides da Cunha e Lima Barreto -, podemos perceber alguns pontos em comum entre as principais obras pré-modernistas.
Apesar de alguns conservadorismos, são obras inovadoras, apresentando uma ruptura com o passado, com o academismo; a linguagem de Augusto dos Anjos, ponteadas de palavras "não poéticas" como cuspe, vômito, escarro, vermes, era uma afronta à poesia parnasiana ainda em vigor; a denúncia da realidade brasileira, negando o Brasil literário herdado de Romantismo e Parnasianismo; o Brasil não oficial do sertão nordestino, dos caboclos interioranos, dos subúrbios, é o grande tema do Pré-Modernismo;
  • o regionalismo, montando-se um vasto painel brasileiro: o Norte e Nordeste com Euclides da Cunha; o Vale do Paraíba e o interior paulista com Monteiro Lobato; o Espírito do Santo com Graça Aranha; o subúrbio carioca com Lima Barreto;
  • os tipos humanos marginalizados: o sertanejo nordestino, o caipira, os funcionários públicos, os mulatos;
  • uma ligação com fatos políticos, econômicos e sociais contemporâneos, diminuindo a distância entre a realidade e a ficção.

Pré-Modernismo no Brasil

Nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século XX, o Brasil também viveu sua bélle époque. Nesse período nossa literatura caracterizou-se pela ausência de uma única diretriz. Houve, isso sim, um sincretismo estético, um entrecruzar de várias correntes artístico-literárias. O país vivia na época uma constante tensão.
Nesse contexto, alguns autores refletiam o inconformismo diante de uma realidade sócio-cultural injusta e já apontavam para a irrupção iminente do movimento modernista. Por outro lado, muitas obras ainda mostravam a influência das escolas passadas: realista/naturalista/parnasiana e simbolista. Essa dicotomia de tendências, uma renovadora e outra conservadora, gerou não só tensão, mas sobretudo um clima rico e fecundo, que Alceu Amoroso Lima chamou de Pré-Modernismo.

Quanto à prosa, podemos distinguir três tipos de obras:

1- Obras de ambiência rural e regional - que tem por temática a paisagem e o homem do interior.
2- Obras de ambiência urbana e social - retratando a realidade das nossas cidades.
3- Obras de ambiência indefinida - cujos autores produzem uma literatura desligada da realidade sócio-econômica  brasileira.

Características :  

A) ruptura com o passado - por meio de linguagem chocante, com vocabulário que exprime a “frialdade inorgânica da terra”.
B) inconformismo diante da realidade brasileira - mediante um temário diferente daquele usado pelo romantismo e pelo parnasianismo : caboclo, subúrbio, miséria, etc..
C) interesse pelos usos e costumes do interior - regionalismo, com registro da fala rural.
D) destaque à psicologia do brasileiro - retratando sua preguiça, por exemplo nas mais diferentes regiões do Brasil.
E) acentuado nacionalismo - exemplo Policarpo Quaresma.
F) preferência por assuntos históricos.
G) descrição e caracterização de personagens típicos - com o intuito de retratar a realidade política, e econômica e social de nossa terra.
H) preferência pelo contraste físico, social e moral.
I) sincretismo estético - Neo-Realismo, Neoparnasianismo, Neo-Simbolismo.
J) emprego de uma linguagem mais simples e coloquial - com o objetivo de combater o rebuscamento e o pedantismo de alguns literatos.

Principais autores :

Na poesia: Augusto dos Anjos, Rodrigues de Abreu, Juó Bananére, etc..
Na prosa: Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha, Monteiro Lobato, Afonso Arinos, Simões Lopes, Afrânio Peixoto, Alcides Maia, Valdomiro Silveira, etc...
Autoria: Maria José Dantas Laranjeira














Blog para consulta dos slides:

http://daliteratura.wordpress.com/2012/06/30/slides-2-o-pre-modernismo/












































quinta-feira, 7 de março de 2013

Primeira página de jornal - PP

Eixo Temático: Compreensão e produção de textos e suportes
Tema: Suportes Textuais
Objetivos:
. Ler, produtiva e autonomamente, a primeira página do jornal.
. Produzir textos característicos da primeira página do jornal (manchetes, chamadas, lides).

A PP de um jornal é formada, basicamente de manchetes e chamadas que prendem a atenção do leitor. A PP tem a função de incentivar o leitor a comprar o jornal. Para essa finalidade, as manchetes devem ser objetivas e chamativas.
O cabeçalho de um jornal é composto por todos os dados referentes àquela edição: nome do jornal em destaque, data, horário da impressão (para jornais de grande porte e com vários horários de impressão da capa), número da edição, responsáveis por ela, ano do jornal. São esses dados, com exceção dos nomes dos responsáveis e do horário, que compõem a citação bibliográfica, apenas restando o nome do repórter e a manchete da reportagem que a escreveram.
Versal: Palavra única que precede a manchete de uma chamada. Numa PP ela pode ser utilizada mais de uma vez, desde que não fique uma Primeira página muito carregada. Ela deve ter um aspecto leve para que o leitor não se sinta enfadado ao lê-la. Nas páginas internas de um jornal, essa palavra fica à esquerda do leitor, dentro da página que no seu alto e ao centro possui o nome da seção que o leitor está lendo.
Subtítulo: Pode vir acima (sobre título) ou abaixo (subtítulo) da manchete. Esse é uma explicação um pouco mais detalhada sobre a manchete da qual faz parte. No exemplo acima, a manchete principal do caderno de esportes vem com o subtítulo “Galo pode ser campeão da Série B, hoje, contra o Ceará”. Isso complementa a manchete “Pelo título”, usada pelo editor.
Coluna: É a forma com que o jornal é disposto. Todo o jornal, tanto internamente quanto externamente, é escrito por meio de colunas e o jornalista, antes de escrever a reportagem já sabe, mais ou menos, o espaço reservado para aquela matéria. Esse espaço é contado por caracteres (cada letra e espaço conta como um) e a disposição das colunas do texto entregue pelo repórter é feita pelo diagramador, juntamente com o editor. Depois que o editor monta todo o jornal, com todas as reportagens, é que é, então, feita a primeira página com chamadas e manchetes daquelas reportagens que ele julga serem mais chamativas para o público-alvo daquele jornal. Ou seja, é o público-alvo que vai direcionar o editor na escolha das reportagens mais chamativas, com o intuito de aumentar as vendas nas bancas.
O lide é a introdução ou abertura de uma notícia ou reportagem e significa “encabeçar”. Nele destaca-se o fato essencial, mais importante, apresentando sucintamente o assunto. Ele tem o objetivo de possibilitar ao leitor tomar conhecimento do assunto principal da notícia com uma rápida e condensada leitura do primeiro parágrafo. Sua leitura deve estimular o leitor a continuar lendo a matéria. O lead, para ser completo, deve responder às seguintes perguntas: O quê? Quando? Quem? Onde? Como? Por quê? Sendo que essa última pergunta pode não vir especificamente no primeiro parágrafo.

ATIVIDADE:
1) Recortar e montar as partes que compõem a PP do jornal.
2) Pesquisar notícias atuais e produzir chamadas e lides que introduzam estas notícias.
3) Identificar o lide de um jornal e responder às peguntas essenciais que devem estar contidas nele: O quê? Quando? Quem? Onde? Como? Por quê?

BASEADO EM :
Roteiro de Atividade: Roteiro de análise de primeira página (PP) de jornal
Currículo Básico Comum - Língua Portuguesa Ensino Fundamental
Autor(a): Ana Luísa Debortoli
Centro de Referência Virtual do Professor - SEE-MG/2007



segunda-feira, 4 de março de 2013

No estado da fantasia...

Então tá combinado: no país da fantasia, Minas já paga até mais do que o piso

Na vida real, Minas já não existe mais. Foi o poeta quem disse. E quem sou eu para questionar o grande Drummond. Mas, no mundo da fantasia, naquele que aparece na mídia, com atores globais e outros tipos mais, Minas é o paraíso perdido, ou ainda não descoberto: é o país (que estado que nada) que tem a melhor educação do planeta, que cresce mais do que a China, que paga até 60% a mais do que o valor do piso nacional. Por favor, me mostrem onde fica este território que eu quero ir para lá. Deve ser melhor do que Pasárgada, onde sou amigo do rei.

Para um leigo, um desavisado, um neófito que
seja, que ouve alguém dizer que Minas paga até 60% (de 59 para 60 é a mesma coisa, né? Convenhamos) a mais do que piso, a realidade parece empolgante. Dedo na calculadora, basta somar: se o piso dos educadores é de uma formosura equivalente a R$ 1.567,00 - Ufa! Que montante impressionante! -, e Minas paga até 60% a mais, logo, Minas paga no mínimo R$ 2.507,00 de piso para início de conversa e de carreira. Esta deveria ser a interpretação de um leigo, desavisado, desatento, novato.

Mas, meu contracheque de professor-de-Minas, a real, a do poeta, não a da mídia fantasiosa com seus atores globais bem pagos, insiste em dizer que há algo de estranho no reino de Minas. Os números não batem. Com 10 anos de casa eu deveria estar ganhando mais do que o valor indicado no mundo da fantasia. Estranhamente, contudo, o contracheque real indica um valor muito aquém, que insiste em não sair da casa dos dois salários mínimos como valor total. A depender apenas do salário de professor-de-Minas, da real, a do poeta e a do meu contracheque, estou excluído da possibilidade de sonhar até mesmo com a casa própria do programa Minha Casa, Minha Vida. Dilma, Lula, Anastasia e Aécio talvez consigam empréstimos para adquirir imóveis até em Marte, que dirá em Minas. Já um professor-de-Minas, que dependa do salário real, aquele do poeta e do contracheque, ah, este não, vai ter que viver de aluguel em um barraco qualquer, ou num puxadinho, ou viver de favor mesmo. Com dois mínimos de salário total, sem qualquer outra ajuda de custo - sem o auxílio paletó dos deputados, sem o auxílio moradia de ministros, sem outras tantas verbas indenizatórias, os dois mínimos, para quem vive apenas de ser professor-de-Minas (o que nem é mais o meu caso, graças a Deus), dá apenas para comprar a cesta básica, bem básica, pagar o transporte e os juros dos cheques especiais que generosamente os bancos oferecem, como fel, ou como os empreiteiros de Chico Buarque ofereciam a cachaça para os operários da construção civil. Bebam e morram, para não atrapalhar o trânsito.

De tudo, não há motivo para se indignar. Os ministros do STF decidiram que o piso vale a partir de 27 de abril de 2011. E decidiram também que os estados já pagam o piso, somente quatro, segundo Barbosa, não pagam. E Minas nem está incluída entre estes quatro. Tudo bem que Minas alterou a regra do jogo no terceiro tempo da partida. Depois do fatídico 27 de abril, Minas pisou na decisão do STF - pisou, literalmente falando, já que o assunto era o piso. O STF decidiu: piso é vencimento básico, sobre o qual serão acrescidas as gratificações como quinquênios, biênios, etc. O que fez a Minas real, do poeta e do meu contracheque? Somou as gratificações ao vencimento básico, antes de aplicar o piso na carreira, inaugurando um novo sistema, o do subsídio, que não comporta nenhuma gratificação, é valor total. Além disso, reduziu os índices entre as promoções (níveis da carreira), de 22% para 10% ou menos. Assim, um professor com curso superior, que deveria ganhar 48,84% (dois níveis acima, de 22% cada) sobre o salário inicial do professor com formação em ensino médio - que é aquele que deveria receber os tais R$ 1.567,00 -, foi rebaixado à condição inicial de nível I, com salário inicial e final de dois mínimos.


Mas não fiquem tristes, amigos deste blog. Trago boas notícias: a curto prazo, no dia 30 de março, mais precisamente, Minas vai pagar o prêmio de produtividade de 2011. Nós, da Educação, vamos receber em torno de 50% do valor do salário total de dezembro de 2011. Não sei se vocês estão lembrados - muitos andam esquecidos -, mas em dezembro de 2011 nós recebemos aquele salário cortado, confiscado pelo governo, que rebaixou nossos proventos no meio do ano, apesar da Carta Magna do Brasil não permitir essas coisas. Mas, Minas é outro território, e portanto, a lei federal não a alcança. Cerca de 153 mil educadores (inclusive eu) fizeram opção legal pelo antigo sistema remuneratório, na vã expectativa de receber o piso na carreira, mesmo que fosse somente após o dia 27 de abril de 2011. O que fez o governo? Cortou o reajuste que foi aplicado no início de 2011 para estes 153 mil educadores, e depois, em lei aprovada no final daquele ano (após o dia 27 de abril, portanto), obrigou a volta de todos os 153 mil educadores ao novo regime, do subsídio, sem nos devolver o que fora cortado. Foram muitos milhões de reais que o estado se apropriou às custas dos educadores, no mundo real do poeta e do meu contracheque.

Portanto, não há motivos para tristeza ou descontentamento. Além do prêmio, algo próximo de R$ 500,00 que os educadores receberão, e que o governo insiste em chamar de 14º salário - talvez com razão, dado à proximidade entre os salários mensais de rotina e o prêmio -, há outros motivos para comemorar. Um deles? A Copa do Mundo vem aí! Quer coisa mais emocionante do que isso? Eu sei que dificilmente um dos 400 mil educadores de Minas, entre ativos e aposentados, terá condições de comprar um ingresso para assistir aos jogos pessoalmente, no estádio reformado. Mas só de saber que o mundo inteiro estará em Minas, nos visitando, deixando dólares e euros, isso já é motivo para comemorar, não acham? Dilma e Aécio vão visitar Minas com mais frequência - os dois, mineiros que não moram em Minas -, ah, isso vai fazer toda a diferença na nossa vida. Na greve de 112 dias de 2011, o senador passou longe de Minas, enquanto a presidenta aqui esteve, para prestigiar a reforma do estádio, nem tocando no assunto "piso dos professores". Até os ministros do STF poderão aparecer por aqui, com aquela capa preta estranha, a lembrar os tempos de monarquia, que ainda sobrevivem em Minas. Afinal, temos até um faraó.

Enfim, pisados por todos, mas vivendo no país da fantasia, os educadores e demais pessoas comuns retomam a sua rotina. Apesar deles, a vida continua, a luta continua, e o sonho de muitos poetas e professores ainda se tornará real. Ainda que tardiamente, como se inscreve na bandeira de Minas.


(trechos do blog do euler)