sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TRABALHOS 1ANO : Leitura, interpretação e análise de texto

Ler a Carta do Chefe Seatle no livro NOVAS PALAVRAS página 263 ;
Criar um título;
Resumir (aproximadamente 20 linhas);
Comentar.

Trabalhos do 9ano VERBETE DE ENCICLOPEDIA

Espaço para que os alunos do 9ano A e B postem seus trabalhos...
Relembrando:
Reescrever o texto a seguir eliminando as marcas da primeira e da segunda pessoas.
[..] A voz é uma das características mais exclusivas que a gente tem, tanto que até mesmo gêmeos idênticos possuem vozes distintas. O som que fazemos para falar varia conforme movimentamos as pregas vocais. Parecidas com duas cordas de violão, elas são capazes de produzir tons mais graves ou mais agudos de acordo om nossa vontade.
Esrever um verbete explicando uma invenção que tenha sido incorporada ao cotidiano das pessoas: vidro, celular, chocolate, pão, bicicleta, computador, etc
Incluir no texto: inventor, processo de invenção, momento histórico da criação do objeto e evolução histórica.
BOM TRABALHO!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Greve suspensa mas estado de alerta continua...

Chegamos ao fim de mais uma batalha mas ainda não é o fim da luta!
Em meio a tantos desencontros, críticas e ameaças, LUTAMOS.
Os maiores prejuízos na educação não foram causados pelos grevistas que têm ideal e coragem mas pelos que não acreditam em mudanças, não são capazes de arriscar nem de se compadecer (aquele que sente e faz algo pelo outro).
Nossa maior luta continua - esclarecer alunos e sociedade! Pois nossa missão não é apenas de instruir mas de construir valores juntos com os alunos que merecem conquistar também seu valor não apenas de "ter aulas" mas de construir conhecimento junto com seus educadores.
Essa greve ensinou CIDADANIA! Claro que como toda classe, alguns alunos não acompanham bem o conteúdo mas terão novas chances...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O lutador (Carlos Drummond de Andrade)

Lutar com palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes
como o javali.
Não me julgo louco.
Se o fosse, teria
poder de encantá-las.
Mas lúcido e frio,
apareço e tento
apanhar algumas
para meu sustento
num dia de vida.
Deixam-se enlaçar,
tontas à carícia
e súbito fogem
e não há ameaça
e nem há sevícia (maus tratos)
que as traga de novo
ao centro da praça.

Insisto, solerte.
Busco persuadi-las.
Ser-lhes-ei escravo
de rara humildade.
Guardarei sigilo
de nosso comércio.
Na voz, nenhum travo
de zanga ou desgosto.
Sem me ouvir deslizam,
perpassem levíssimas
e viram-me o rosto.

Lutar com palavras
parece sem fruto.
Não têm carne e sangue...
Entretanto, luto.

Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate.
Quisera possuir-te
neste descampado,
sem roteiro de unha
ou marca de dente
nessa pele clara.
Preferes o amor
de uma posse impura
e que venha o gozo
de maior tortura.

Luto corpo a corpo,
luto todo o tempo,
sem maior proveito
que o da caça ao vento.
Não encontro vestes,
não seguro formas,
é fluido inimigo
que me dobra os músculos
e ri-se das normas
da boa peleja.

Iludo-me às vezes,
pressinto que a entrega
se consumará.
Já vejo palavras
em coro submisso,
esta me ofertando
seu velho calor,
outra sua glória
feita de mistério,
outra seu desdém,
outra seu ciúme,
e um sapiente amor
me ensina a fruir
de cada palavra
a essência captada,
o sutil queixume.
Mas ai! é o instante
de entreabrir os olhos:
entre beijo e boca,
tudo se evapora.

O ciclo do dia
ora se conclui
e o inútil duelo
jamais se resolve.
O teu rosto belo,
ó palavra, esplende
na curva da noite
que toda me envolve.
Tamanha paixão
e nenhum pecúlio. (benefício)
Cerradas as portas,
a luta prossegue
nas ruas do sono.

Ah professor se tu soubesses teu valor...
Não se trata apenas de 712 ou 1187!
É tua honra, tua dignidade, teu exemplo de luta!
Teus alunos precisam ver-te mais animado, mais bonito, mais sonhador...
Que importa salário cortado, gás de pimenta, truculência, críticas se
teu valor é este, paga-o, pois é tua carreira, teu futuro que está em jogo e
mais é o valor das geralções futuras, dos pobres que necessitam de escola pública.
Eles não merecem qualquer um! Estes sim, merecem os mais guerreiros, os mais valentes,
os mais fortes. Não trabalho em uma escola central nem em uma de referência, mas como ensinou Jesus, o menor se faz maior! Estou na luta por tudo isso...
111 dias e uma ministra do STF também quer que voltemos para sala de aula sem o nosso piso!
Oh ministra, oh desembargadores, oh governador que caso fazes, destes educadores...

Greve educacional, há luz no fim do túnel...

Greve dos professores: mais um dia!
A ditadura volta a Minas Gerais!
por Jose Luiz Quadros de Magalhães[1]

O leitor deve estar pensando: a ditadura voltou? Mas, ela já não está aí há muito tempo? Pois é, o título é só uma provocação, só para chamar atenção. A ditadura já está em Minas Gerais há muito tempo, e o pior é que os mesmos donos de jornais, rádios e redes de TV que se autocensuram, que traem a democracia e os princípios constitucionais de liberdade de expressão são os mesmos que “denunciam” a falta de liberdade em outros países. Hipócritas. Há um problema recorrente nestas pessoas no poder: falta espelho (eles só têm o espelho de narciso). Sempre acusando os outros são incapazes de se perceberem como violadores da Constituição, como violadores da Democracia, da República e das leis. Estes são os piores bandidos (o fora-da-lei com poder supostamente legal).
Existe outra categoria de pessoas perigosas: os que cumprem ordens ilegais. Não posso fazer nada, estou cumprindo ordens, dizem. Esquecem que não estão obrigados a cumprir ordens ilegais ou flagrantemente inconstitucionais. Basta um mínimo de conhecimento jurídico, ou para não pedir muito, basta um mínimo de bom senso. Agredir pessoas é permitido para os que estão fardados? Onde está escrito, em qual lei da república (com letra minúscula, escondida e oprimida está a república que de pública não tem nada), em qual Constituição está escrito que os cidadãos, donos da República (com letra maiúscula, a República que conquistaremos um dia) podem ser tratados pelos seus servidores como lixo, como bandidos? Quem é o bandido nesta história?
E nossas praças privatizadas? E os palácios? Já viram uma República com tantos palácios? Para mim os palácios pertenciam à monarquia e deveriam todos virarem museus públicos. Entretanto nossa república esta cheia de palácios. Só o governador (?) tem três: um palácio de verão, um de inverno (nas Mangabeiras) e um para despacho (eparrei). Acredito que todos eles deveriam virar museus e espaços públicos recreativos. Nas Mangabeiras poderíamos inclusive fazer um clube público, com piscinas públicas como aquelas que encontramos em outros países mais democráticos.
Que patética cena: enquanto meia dúzia de autoridades (otorydadys – conhecem esta espécie? Vem do gênero otorytatys sin nocyonis) fora do mundo, protegidos por centenas de policiais (que deveriam, se agissem de forma constitucional, proteger os cidadãos contra o governo inconstitucional), festejam os bilhões de dólares que poucos vão lucrar às custas dos espaços e dinheiros públicos investidos na Copa do Mundo. As câmeras e os jornalistas das grandes rádios e televisões estavam no lugar errado. Não deveriam estar filmando aquela festa podre, com pessoas, algumas até muito suspeitas. Interessante episódio moderno: centenas de policiais protegendo alguns suspeitos, alguns até respondendo processo; outra centena de policiais atirando balas de borracha e gás lacrimogêneo em pessoas desarmadas, trabalhadores, professores, cidadãos; tudo isto para garantir uma festa realizada com muito dinheiro público para permitir muito lucro privado, onde o povo, o cidadão fica de fora: quantos poderão assistir a um jogo da copa do mundo? Para estes poder o lugar do povo é em frente a TV. Pode ser que os governos eleitos sorteiem junto com as grande empresas alguns ingressos para os que permitem a festa com seu trabalho: todos nós que trabalhamos.
Pergunto-me diariamente: quando é que a ficha vai cair. Quando é que vamos acordar, todos nós, que nunca somos convidados para a festa que a polícia protege. Quando vamos cansar de apanhar da polícia que deveria nos proteger. Será que as coisas já não estão suficientemente claras? Governos eleitos com muita grana do financiamento privado de grandes banqueiros mentem para nós antes das eleições. Não elegemos livremente ninguém, isto não é uma democracia. Escolhemos a cada 4 anos o melhor escritório de marketing. Essas pessoas no poder, na maioria dos casos não nos representam (há exceções). Representam os seus próprios interesses e os interesses daqueles que pagaram sua eleição. Quando vai cair a ficha? A polícia que bate no povo e protege o patrimônio dos ricos e as festas do poder, onde o povo está sempre de fora. Copa do Mundo, Olimpíada, comemorações de grandes corporações (que sustentam a mentira do nacionalismo moderno) onde assistimos vinte e dois milionários correndo atrás da bola sem nenhum outro compromisso a não ser com o sucesso pessoal, a vaidade e o dinheiro. Muito dinheiro. Tem alguns que até choram. Eventos que comemoram e exaltam o melhor, o corpo perfeito, a “performance” perfeita. Há muito que todos estão fora desta festa. Não podemos participar. Somos todos imperfeitos, não temos aquela saúde perfeita, aquele corpo perfeito, aquele patrocinador perfeito. Somos trabalhadores e nosso corpo e mente estão marcados pelo trabalho. Não temos tempo para a perfeição.
Quando é que a ficha vai cair? Até quanto você vai ficar levando “porrada”? Até quando você vai ficar financiando estas festas podres com gente esquisita?
Filmem tudo, tirem foto de tudo, escrevam, falem, não se conformem. Reclamem seus direitos, exijam que os que têm poder econômico e político cumpram a lei e respeitem a República. Processem. Processem. Processem. Toda vez que forem agredidos pelo estado processem, fotografem, filmem. Mandem os filmes e as fotos para todo o mundo saber que aqui em Minas Gerais vivemos uma ditadura econômica, onde os cidadãos são desrespeitados. Onde quem trabalha apanha do governo, é desrespeitado pela polícia. Contem isto para o mundo inteiro, todo dia, toda hora. Não acreditem que a história acabou. Não acreditem que não temos força, que não podemos fazer qualquer coisa. A história está em nossas mãos, mas para construirmos a história que desejamos é necessário sair de frente da televisão e olhar para a vida, para o mundo. Podemos fazer qualquer coisa, inclusive construir uma democracia constitucional republicana, de verdade, real, em nosso país, onde os poderes públicos, onde a polícia sirva ao povo e não às grandes empresas privadas. Mas para isto temos que nos movimentar.
A irracionalidade do sistema está visível, sua incoerência é gritante, resta-nos mostrar diariamente tudo isto para todo mundo ver. O dia que as pessoas tiverem percebido o óbvio tudo mudará radicalmente. Mas é necessário cair a ficha. Desliguem seus televisores, exijam que as coisas, ideias, pessoas sejam livres. Resgate o futebol para o povo, resgatem as praças para o povo, resgatem o dinheiro público para o povo, resgatem as instituições para o povo. Resgatem o governo, a TV, os jornais e rádios, resgatem a polícia e o exército; resgatem a cidade e as praças; resgatem a solidariedade e o amor; resgatem o carinho e o sexo; resgatem a natureza; resgatem as palavras seqüestradas: a palavra liberdade não pertence aos poucos que a seqüestraram. Escrevam o português à moda antiga, ou de um novo jeito. Ninguém é dono das palavras que você fala. Acredite na liberdade de um mundo sem dono, sem podres poderes. Libertem a palavra esperança do cárcere, lugar onde tantos de nós se encontram. Como diria Caetano:
“E aquilo que nesse momento se revelará aos povosSurpreenderá a todos, não por ser exóticoMas pelo fato de poder ter sempre estado ocultoQuando terá sido o óbvio”.
[1] Professor da UFMG e da PUCMINAS, Mestre e doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Professor do programa de mestrado da Faculdade de Direito do Sul de Minas. É pesquisador do Instituto de Investigações Jurídicas da Universidade Autônoma do México e professor convidado do doutorado da Universidade de Buenos Aires. E-mail: ceede@uol.com.br

Um jornalista consciente diz...

Volto a um assunto já abordado várias vezes nesse espaço, nos últimos três meses, para reafirmar o meu espanto diante da indiferença da sociedade diante da greve dos professores. O fato de o governador não ter se reunido sequer uma vez com a líder dos professores me incomoda, mas, considerando as dificuldades de caixa e os gigantescos números da Educação (são mais de 400 mil profissionais), posso compreender razões apresentadas por seus auxiliares para negar reajuste maior. O que realmente me corrói é a ausência do meu sindicato - dos Jornalistas -, da OAB, da Assembleia, da Federação das Indústrias, enfim, todos nós, mineiros, que temos o direito e o dever de palpitar, buscar o entendimento e salvar o ano letivo de milhões de jovens pobres desse estado. Vem um desembargador e dá uma canetada dizendo que o movimento paredista é absurdo... Ora, será que ele toparia viver com R$ 700 por mês? Será que ele acha razoável essa discussão, se o piso deve ser mil e pouco ou R$ 1.500? Outra coisa que me envergonha é a postura de colegas procurando desmoralizar o movimento, com essa história de greve política.Nós, jornalistas, tínhamos de respeitar os professores, pois, com raras exceções (felizmente, estou entre elas) nossos salários são tão ridículos quanto o deles. Nós estamos jogando no lixo o nosso passado de escola pública, contribuindo para um mundo com aulas ainda mais mentirosas, porque, se esses já desolados professores forem humilhados, será o fim de toda e qualquer esperança...Eles estão no fundo do poço. Aqui, trechos da carta que me enviou o professor Elivelto Aparecido Nunes, atualmente, fora do ofício por questões de sobrevivência: "Sou professor, mas não estou dando aula nesse momento. É com muita tristeza que venho acompanhando toda a greve. Falo sobre o desequilíbrio de forças entre professores e todo resto. (...) Sou como você, Eduardo. Vim de baixo, família humilde, faculdade com muito esforço. O Brasil não é pobre; é injusto e conservador. Sei também que educação é a única ferramenta capaz de mudar isso. É por isso que ela é tão maltratada. Sei que a maioria do povão gosta e confia no seu trabalho. Por isso nunca se esqueça de Inácia de Carvalho, dos pardos, pretos e pobres desta Minas tão rica. Faça o que puder por estes. Não digo tomar bandeira partidária e afins até porque não é seu papel. A classe mais humilde não tem conhecimento e nem posições políticas e por isso não tem o retorno que por direito é seu. Obrigado de um professor triste, desanimado como a grande maioria da classe".Eduardo Costa escreve neste espaço às segundas, quartas e sextas-feiras.
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Postado em 26 de Setembro, 2011

Apoio e coragem: por uma educação pública de qualidade e por valorização do educador!

111 dias de greve dos professores:
semente de uma educação pública de qualidade.
Gilvander Moreira[1]

“Tive sede e me destes de beber. Tive fome e me destes de comer.” (Mateus 25,35).
Parodiando, podemos dizer: “Estava em greve, na luta por justiça e estavas a meu lado, viestes atender ao meu clamor."
Dia 26 de setembro de 2011, a greve das/os professoras/res da Rede Estadual de Educação de Minas Gerais completa 111 dias e segue por tempo indeterminado até o dia em que o Governador Antonio Anastasia (PSDB + DEM) deixe de ser intransigente, se abra ao diálogo e atenda às justas e legítimas reivindicações dos professores que participam da mais longa greve da história de Minas.
Há 8 dias, a professora Marilda de Abreu Araújo e o técnico em Educação Abdon Geraldo Guimarães estão em greve de fome na Assembleia Legislativa de Minas. Marilda, 59 anos, de Divinópolis, MG, é professora há 32 anos. Ela disse: “Estou em greve de fome há 8 dias para que o governador Anastasia pare de ser intransigente e se abra ao diálogo. Participei de todas as greves em 32 anos como professora. O que mais me marca nessa greve é a intransigência do governador de Minas.”
Abdon, 39 anos, de Varginha, é pai de três filhas, duas das quais gêmeas de três meses. Ele diz: “Estamos com nossos salários cortados há 2 meses e já se vai para o 3º mês sem salário. As dificuldades para quem está na greve são enormes. Ao Anastasia peço respeito aos educadores. Atenda as nossas justas reivindicações. Reivindicamos pouco: apenas o piso salarial nacional, garantido pela Lei Federal 11.738/08, hoje, R$1.187,00 que em janeiro de 2012 passará para R$1.384,00.”
O prof. Dr. José Luiz Quadros, no artigo “Greve dos professores em Minas Gerais”, ao defender com veemência a justeza da greve e das reivindicações dos educadores, alerta que o governo de Minas, ao contratar professores para substituir os que estão em greve, está intimidando e criando um dilema moral para o povo mineiro. Diz ele: “Como professores poderão aceitar participar de um processo de escolha para substituir colegas que se encontram em greve? Esta perspectiva de falta de compromisso com a categoria, falta de solidariedade com o colega, de priorizar um projeto egoísta de se dar bem (bem?) com o desemprego do outro é lamentável. Lamentável mesmo que o estado cause este constrangimento e mais lamentável quem aceita esta proposta. Como este professor fará quando daqui alguns anos ele não conseguir viver dignamente com o salário de fome que recebe. Ele fará greve? Ora, não vai adiantar nada uma vez que não terá força moral para esperar solidariedade das outras pessoas.”
A postura de intransigência do Governo do Estado revela a total ausência de ética imprescindível ao cargo e à tarefa que assumiu. A decisão por convocar novos professores para assumirem a cadeira dos que estão em greve acentua a dimensão antiética deste governo. A atual greve dos professores reivindica dignidade para toda a classe trabalhadora de professores. Os que estão contratados e os que ainda não. Trata-se de uma luta mais ampla. Por uma educação pública de qualidade que passa necessariamente pela valorização dos/as professores/as.
Aos professores que se sentem inseguros diante do corte de salários, do dia de trabalho, de retaliações, calúnias e difamações por parte do Governo estadual, da mídia e da sociedade, recordo o que disse Jean Cocteau, Mark Twain e tantos outros: "Não sabendo que era impossível, foi lá e fez". Sei que há milhares de professores que estão sem dormir, porque se preocupam também com os estudantes. Saibam que vocês, queridas/os educadoras/res, estão plantando sementes da educação pública de qualidade em Minas Gerais.
A Mídia, à exaustão, vem alardeando, que os professores em greve, ao fazerem passeatas, atrapalha o trânsito. Assim, a Mídia não vê para onde os professores em greve apontam. Vê apenas o dedo dos nossos heróicos educadores. Um vereador míope chegou ao absurdo de propor um projeto de lei na Câmara de Belo Horizonte para proibir manifestação pública dentro do perímetro da Av. do Contorno, alegando que as passeatas atrapalham o trânsito. Digo: Quem atrapalha o trânsito não são os professores em greve e nem os movimentos populares ou sindicatos que, de cabeça erguida, dentro de prescrição constitucional, lutam manifestando publicamente suas reivindicações. Logo, quem está atrapalhando o trânsito é o governador Anastasia, o TJMG e todas as autoridades que não escutam os clamores dos professores empobrecidos. Se o Governador Anastasia fosse um democrata, já teria se aberto ao diálogo e a negociação séria com os educadores. O SINDUTE buscou diálogo com o governador durante seis meses, antes de iniciar a greve, mas não foi atendido. Agora vem dizer que só negocia se a greve acabar. Não negociava antes da greve, irá negociar sem a pressão da greve? Ao continuar com essa intransigência, o futuro político do Anastasia será efêmero. Anastasia, seu barco vai afundar! O prefeito Márcio Lacerda, dia 24/09/2011, já teve o seu futuro político sepultado por mais de 2 mil militantes que se manifestaram pelas ruas de BH no “Fora Lacerda”.
As/os professoras/res de Minas estão interpelando a consciência de toda a sociedade. Não há espaço para neutralidade. Ou se compromete e engaja na luta ao lado dos educadores tão discriminados no 2º estado que mais arrecada impostos e que paga um dos piores salários aos professores ou assuma que é omisso, cúmplice e covarde, pois se trata de causa da educação pública, assunto que deve ser uma prioridade absoluta de todos/as.
A greve dos mil operários da reforma do Mineirão durou apenas alguns dias. O governo tremeu na base e se abriu para a negociação imediatamente. “As obras da COPA não podem atrasar”, dizem. A educação pública pode ficar no fundo do poço? Minas terá futuro sem uma educação pública de qualidade?
Queridos pais e estudantes, a hora exige que toda a sociedade se junte na luta ao lado dos professores que lutam não apenas por melhores salários, mas por uma educação pública de qualidade. Se os professores forem derrotados, toda a sociedade será derrotada. Isso não pode acontecer. Lutemos até a vitória!
A educadora Marilda e o educador Abdon, em greve de fome há 8 dias, estão nos dando um grande exemplo de doação de vida em prol do bem maior que é educação pública de qualidade para todos.
Obs.: Eu já escrevi 4 pequenos textos que ajudam a entender e a se posicionar diante da greve dos professores em Minas:
a) A greve dos professores é justa?
b) Greve dos professores de Minas: marco histórico.
c) Professores em greve até a conquista do Piso Salarial Nacional.
d) 106 dias de greve dos professores de Minas Gerais: greve de fome X tropa de choque.
Esses 4 pequenos textos estão disponibilizados na internet em vários blogs, inclusive em www.gilvander.org.br

Belo Horizonte, MG, Brasil, 26 de setembro de 2011
[1] Mestre em Exegese Bíblica, professor, frei e padre carmelita, professor de Teologia Bíblica, assessor da CPT, CEBI, SAB e Via Campesina; e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.brwww.gilvander.org.brwww.twitter.com/gilvanderluis

Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.e-mail: gilvander@igrejadocarmo.com.brwww.gilvander.org.brwww.twitter.com/gilvanderluisFacebook: gilvander.moreiraskype: gilvander.moreira

sábado, 24 de setembro de 2011

Secretaria de Educação divulga comunicado entregue às entidades representativas dos Servidores da Educação. Comunicado aos Servidores da Área de Educação

Desde janeiro de 2008, nenhum professor da rede estadual de Minas ganha menos que R$850 mensais por uma jornada de trabalho de 24 horas semanais, das quais 6 horas-aula destinam-se a atividades extra-classe. Com essa medida, o Governo de Minas antecipou-se e fixou em níveis mais elevados o piso remuneratório do magistério. Posteriormente, em julho de 2008, a Lei Federal 11.738 fixou em R$950 o piso remuneratório para jornada de 40 horas semanais.. Este valor, traduzido para jornada de 24 horas corresponde, proporcionalmente, à remuneração mensal de R$570. Portanto, Minas já pratica a determinação da Lei Federal, mesmo se considerada a correção do valor do piso que deverá ocorrer em janeiro de 2009. No entanto, a partir de 01 de janeiro de 2010, o valor do piso salarial profissional será desprovido de vantagens pecuniárias e deverá tornar-se vencimento básico inicial das carreiras dos profissionais do magistério da educação básica. A partir de então, sobre o piso deverão incidir vantagens e gratificações previstas nas normas estaduais para cálculo da remuneração mensal do servidor. Nessas condições já se sabe, pelos estudos preliminares, que o impacto no orçamento de pessoal, em 2010, será grande, da ordem de R$3,1 bilhões. Os compromissos do Governo de Minas com os servidores e com o desenvolvimento da educação vêm sendo cumpridos progressivamente. A continuidade desse processo, diante dessa nova realidade, exige estudos cuidadosos para encontrar soluções alternativas que viabilizem a elevação da remuneração dos servidores da educação e, ao mesmo tempo, permitam reduzir as distorções existentes, tornando mais atraente a remuneração de ingresso nas carreiras. A Secretaria de Educação convidará as lideranças regionais do sistema e as entidades representativas dos servidores para conhecerem os estudos e colaborarem na construção de alternativas que viabilizem a implantação do piso. Na oportunidade, ficam reafirmados os compromissos com os servidores da educação em relação aos seguintes aspectos:1. Reposicionamento na carreira, progressão e promoção: concluir, até final de setembro, o cadastramento dos servidores, o que permitirá à SEPLAG o cálculo do impacto financeiro do reposicionamento e definição do momento de sua implantação. A progressão de todos os servidores, com dois anos no mesmo grau e duas avaliações positivas, já foi feita e está sendo paga. A promoção por escolaridade adicional dos servidores que a requereram, há dois anos, já foi realizada e já está sendo paga. 2. Pagamento de vantagens: a SEPLAG já está realizando, desde o ano passado, o pagamento do biênio quando o servidor está em licença médica. A SEE vai verificar se está havendo problemas na administração desses pagamentos. 3. Pagamento do rateio aos designados: a SEE encaminhará à SEPLAG estudo que recomenda o pagamento proporcional ao número de meses trabalhado, independentemente do mês de contratação. 4. Art. 9º , §§1º, 2º e 3º da lei 15.787/2005: a SEE encaminhará à SEPLAG estudo que recomenda a revogação deste artigo. 5. Férias-prêmio: a SEE enviará à SEPLAG, ainda neste ano, proposta com novas regras para concessão das férias-prêmio.
6. Processo de escolha de diretores de escola: até agosto/2009 será feito novo exame de certificação. O próximo processo de escolha deverá ocorrer até novembro de 2009. Nas escolas em que houver apenas uma chapa concorrente, ela deverá se submeter à apreciação de um colegiado constituído por delegados dos diversos segmentos da escola, eleitos para essa finalidade. 7. Concurso público: no próximo ano serão retomados os concursos públicos, sendo o primeiro deles para a área de pessoal das SREs. 8. Recursos para projetos escolares: já estão publicados os editais dos Processos de Seleção Pública de propostas de projeto do PDP (Programa de Desenvolvimento Profissional de Educadores) e do PEAS Juventude. Os projetos selecionados serão financiados pela SEE e terão assegurada orientação para sua execução. Além disso, recursos adicionais são enviados às escolas do projeto Escola Viva, Comunidade Ativa e para as Escolas de Tempo Integral para que possam desenvolver atividades pedagógicas adicionais. 9. Designação: com a efetivação, a designação na rede estadual é apenas residual. As entidades sindicais serão informadas caso seja feita alguma modificação nos atuaís critérios. 10. Curso Normal Médio: está sendo autorizada coordenação ou vice-direção específica para os cursos normais em funcionamento nas escolas maiores. Serão examinadas as situações específicas de cada escola.Belo Horizonte, 22 de setembro de 2008.Secretaria de Estado de Educação de MG

Caríssimos este texto foi publicado no site do governo na data acima.
Em que parte da proposta apresentada pelo governo está a valorização na carreira como prometido nessa oportunidade... 712 para todos!!! foi o que ele nos ofereceu!!
ACORDEM TODOS QUE DORMEM E ESTÃO ASSINANDO PONTO PARA ESTE GOVERNO!!!

Abaixo-assinado importante!!!

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N14410

Carta Aberta ao Desembargador Roney Oliveira Belo Horizonte, 17 de setembro de 2011. “Na aplicação da Lei, o Juiz atenderá aos fins Sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.”(Art. 5º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) A gente não quer só comida A gente quer comida Diversão e arte A gente não quer só comida A gente quer saída Para qualquer parte... A gente não quer só comida A gente quer bebida Diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida Como a vida quer... ... A gente não quer Só dinheiro A gente quer dinheiro E felicidade A gente não quer Só dinheiro A gente quer inteiro E não pela metade... (Comida – Titãs) Caríssimo Senhor Desembargador: Foi com imensa tristeza que soube de Vossa decisão de determinar o imediato retorno dos professores mineiros ao trabalho, ou seja, às salas de aula. Não posso negar, também, que fiquei surpreso ao ler o teor do texto que fundamenta/justifica a decisão de Vossa Senhoria. Como cidadão, professor, e, como o Senhor, funcionário público remunerado pela população – inclusive a dos “grotões mineiros” em que, segundo vosso texto, fruto de vosso insuspeito conhecimento de causa, as crianças vão à escola “mais atraídos pelo pão do que pelo ensino” –, também considero importante que “na aplicação da Lei, o Juiz atenderá aos fins Sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.” Mas, pergunto, Senhor Desembargador, estaria mesmo a vossa decisão colaborando para o bem comum? No plano nacional, a nossa primeira Constituição, de 1824, já determinava que a educação elementar seria pública e gratuita. Em nosso passado recente, a Magna Constituição de 1988 garante esse mesmo direito e expande ao determinar a natureza pública e subjetiva do mesmo. O mesmo faz,como não poderia deixar de fazê-lo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1991) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996). Veja,Senhor Desembargador, em Minas Gerais a primeira legislação para a instrução pública, a Lei no. 13, é do ano de 1835. Ou seja, foi uma das primeiras leis que nossos legisladores acharam por bem aprovar porque reconheciam, mesmo dentro de limites às vezes estritos, a importância da educação pública. De lá para cá, se contarmos, veremos centenas de atos legislativos que, como aquela Lei fundadora, vieram garantir o legítimo direitos dos cidadãos a uma educação pública, gratuita e de qualidade. No entanto, poderíamos perguntar: estariam esses direitos sendo garantidos de fato? Sabemos que não, e não apenas para os dos “grotões mineiros”.E isto nãoapenas hoje. Ensina-nos a história da educação mineira que desde o século XIX tem-se muito claro que os professores constituem elemento fundamental para a qualidade da escola. No entanto, desde lá também se sabe o quão difícil é garantir a entrada e permanência dos professores na profissão. Veja,Senhor Desembargador, o que dizia um Presidente da Província de Minas em 1871, isto é, há 140 anos: “À par da crêação das escolas normaes devem se augumentar os vencimentos dos professores. Não se pode esperar que procurem seguir carreira tão pouco retribuída aquelles, que, depois de instruídos nas escolas normaes, sejão convidados para outros empregos com esperança de um futuro lisongeiro”. [Antonio Luiz Affonso de Carvalho, Presidente da Província de Minas Gerais, em 02/03/1871] Passados todos estes anos, e não são poucos, o que demonstram, hoje, a experiência dos professores mineiros e as mais diversas pesquisas acadêmicas é que em breve faltarão professores para a escola básica brasileira. Aliás, para algumas disciplinas essa falta já é sentida hoje. Mas não apenas isto. O mais grave é que,independentemente do número, verifica-se que a profissão perdeu, de vez, o poder de atrair/seduzir jovens talentos. Ou seja, a tarefa socialmente relevante e culturalmente fundamental de conduzir as novas gerações ao mundo adulto já não atrai parcela significativa (e necessária) de sujeitos dessa mesma sociedade. É como se os jovens estivessem dizendo: não vale a pena jogar o melhor das minhas energias nessa tarefa, apesar de sua relevância social e cultural. Veja,pois, Senhor Desembargador, que o poder público mineiro vem lesando,há séculos, nossas crianças em seu mais que legítimo direito à educação. E, convenhamos,a considerar o atual salário dos professores mineiros, mesmo se comparado ao Vosso tempo de “vacas magras”, a atual administração estadual nada fez para atacar o problema. Muito pelo contrário, o agravou com a famigerada política de subsídio. Considere, pois, Senhor Desembargador, que as “queridas vacas”, como dizia a adorável professora do Drummond, estão tão magras que em breve delas não teremos nem o leite,nem a carne,nem o osso e nem mesmo o berro! É louvável, Senhor Desembargador,a Vossa preocupação com a fome das crianças dos “grotões mineiros”, assim como com a garantia do direito à educação para a toda a população mineira e com os danos causados pela greve ao alunado. Por outro lado, não posso concordar que essa greve seja abusiva ou que precisaria se arrastar ad aeternum. Parece-me, aqui, que uma das formas de a Justiça contribuir para garantir, na aplicação da Lei, os “fins Sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum”, seria obrigar Estado mineiro a cumprir, sem subterfúgio, a legislação existente e instruí-lo a reformar a péssima Carreira Docente em vigor. Esta contribui mais para a desmotivação do professorado do que lhe acena com os justos ganhos decorrentes da busca por mais e melhor formação e da comprovada experiência adquirida no exercício da profissão. Sabemos, Senhor Desembargador, que a justa decisão daquele que, mantido pelo poder público, tem o dever e a legitimidade para decidir, é, também, aquela que interpretando a Lei, de mãos dadas com a experiência passada,descortina, no presente, o futuro que pretende criar. A Justiça, Senhor Desembargador, se faz quando se tem em mente os problemas futuros)que nossas soluções criarão ou deixarão de criar. A Justiça se faz, também, quando combate injustiças duradouras e possibilita a criação de condições de uma duradoura justiça! Se o direito à educação de qualidade não se faz apenas garantindo o acesso, este direito está, hoje como ontem, ameaçado, e sua garantia não se faz na sala de aula e no pátio da escola, mas nas ruas e nas praças ocupadas pelos professores em greve. Neste momento, a continuidade da greve como forma de obrigar a administração estadual a responder, de fato, à situação humilhante dos professores estaduais com melhores salários e condições de trabalho, é a única forma de garantir o direito à educação, em cuja defesa todos nos irmanamos. As crianças que freqüentam a escola pública e as famílias que pagam impostos para que o Estado a garanta, Senhor Desembargador, “não querem só comida”. Querem tudo a que têm direito! Têm direito, inclusive, a professores felizes e satisfeitos com seus salários e suas condições de trabalho! Professor que foi, aluno que aprendeu com alguma professora nos bancos de uma escola, o Senhor Desembargador deve saber também que a única forma de fazer uma boa escola ou uma boa escola é que os professores tenham, eles também, os seus direitos reconhecidos e protegidos. Eles não querem “só comida”! Finalmente, Senhor Desembargador, é preciso lembrar que,contrariamente o ditado popular, nem sempre onde há fumaça há fogo. E, às vezes, pode haver fogo sem haver fumaça. Para isto, bastaria ver a Praça da Liberdade na sexta feira. O “gás de pimenta” pode “ser fogo”, como disse, em mensagem eletrônica uma professora que lá estava:“Para quem nunca inalou gás de pimenta, a sensação é a seguinte: um fogo na cara, um ódio no coração e muita tosse”. Mesmo sem a cobertura da fumaça, foi lá que o Estado de Minas, por meio de seus agentes legalmente constituídos, nos deu uma péssima lição de cidadania. Penso, Senhor Desembargador, que o episódio da Praça da Liberdade, este sim, merecia uma rápida investigação e a punição exemplar daqueles que, atualizando o que há de pior em nossa história, violentaram não apenas os professores, mas todos nós, cidadãos deste país. Logo, imagino, também ao Senhor. Acalentando o sonho de que nossas crianças e jovens possam ter garantido o direito a uma escola de qualidade e que os professores mineiros tenham garantido o seu legítimo direito de lutar pelos seus direitos, envio cordiais saudações. Luciano Mendes de Faria Filho Professor de História da Educação da UFMG Coordenador do Projeto Pensar a Educação Pensar o Brasil – 1822/2022

Clamando por humanidade...

Mas o que é um SER HUMANO? Li, em algum lugar, que “ser humano também é um dever”. Não se nasce completamente humano. Nascemos com a potencialidade de vir a sermos humanos e para chegarmos a sê-lo completamente, é necessário, no contato com outros humanos, aprendermos a humanização. Certamente há inúmeros atributos que podem ajudar uma pessoa a cumprir o dever moral de SER HUMANO. Mas, inegavelmente, a SOLIDARIEDADE se encontra entre os mais importantes valores para a humanização.Desconheço como os dicionários definem a solidariedade, mas entendo que se é solidário quando um ser humano se deixa tocar pela condição do outro. Penso, por conseguinte, que o avesso da solidariedade está em seguir adiante, como se nada estivesse acontecendo, por exemplo, quando companheiros de profissão fazem GREVE de FOME, na tentativa última e desesperada de fazer escutar aqueles que não querem sequer ouvir.Que certas autoridades, equivocadamente chamadas de representantes do povo, não se sensibilizem com MARILDA e ABDON na ALMG, em GREVE de FOME, eu, mesmo indignada, posso até entender. Por tudo que tenho visto, não esperava que fosse diferente. Mas como compreender que PROFESSORES entrem na sala de aula, sigam a rotina escolar, assistam cabisbaixos a pessoas – sem nenhuma formação e muito menos convicção – assumirem as aulas dos profissionais que estão na luta como se fossem cargos vagos? Como compreender essa ausência total de sensibilidade e solidariedade?Não, não é o conformismo que faz a história, menos ainda o medo e a covardia. Não é a indiferença que nos faz HUMANOS. E a GREVE já é mais que um lugar. É um CHAMADO PARA A VIDA. Qualquer que seja a condição individual de cada educador, nesse momento em que nossa luta chegou, não nos cabe nenhuma atitude HUMANA, que não seja a de nos solidarizarmos com MARILDA E ABDON. As autoridades podem fingir que não estão vendo. Os profissionais da educação NÃO podem. Há um grupo de pessoas em sofrimento e sacrifício pelo direito do coletivo. É chegada a hora de cada um colocar a mão na consciência e gritar NÃO à arrogância e intransigência desse DESGOVERNO. Com a força que somente os excluídos conhecem, que a sociedade mineira ouça nosso GRITO de protesto contra uma vida humilhada, uma carreira destruída, uma profissão completamente desvalorizada! MARILDA E ABDON SOMOS TODOS NÓS.Lucia Elena Pereira Franco Brito, Professora de História.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Excelente texto do professor Euler

Enquanto isso, em outro país...
Blog do Euler capta novo diálogo entre figurões da República- Trrrrimmmmm!!- Alô- Alô padrinho, sua benção!- Deus te abençoe, meu afilhado!- Onde você está, padrinho, estou precisando de você.- Estou aqui numa das ilhas das Bahamas...- Ilha de quê? De Bramas? Isto seria um bar, padrinho?- Não, afilhado, das Bahamas... Vim conferir pessoalmente o volume depositado para o caixa da nossa campanha em 2014.- Por falar em caixa para campanha, padrinho, estou preocupadíssimo com o piso dos educadores...- Piso dos educadores? O que é isso?- Já lhe falei da outra vez, padrinho. É aquele salário que os educadores agora cismaram que têm direito e ficam batendo na tecla que uma tal lei federal lhes assegura este direito.- Lei Federal? Que conversa esquisita é essa, afilhado? No nosso estado somos nós que ditamos as leis, já esqueceu?- Pois é, padrinho, até ontem era assim, mas agora o caldo tá esquentando. Por toda parte tem educador e uns apoiadores deles infernizando a nossa vida. Já não posso nem mais andar pelo extenso território que nós governamos.- Mas num pode ser, afilhado. E a nossa tropa de choque, não tá pagando um salário bom pra eles te servirem?- Claro que estou, padrinho, já prometi até um aumento de 100% até a Copa do Mundo, mas os educodores que estão em greve não estão com medo de polícia, não.- Então convoca o meu procurador e manda ele decretar a ilegalidade desta greve!- Já fiz isso, padrinho, e ele obedeceu direitinho. Pediu e foi atendido por um dos nossos desembargadores.- E Então?- E então que os subversivos dos educadores em greve, uma turma de um tal núcleo duro e outros mais, não obedecem a determinação do nosso desembargador.- Mas isso não pode ser. E a nossa imprensa? Tá pagando direitinho a nossa turma?- A nossa imprensa tá cumprindo o papel que nós determinamos. Mas, agora até uma parte da imprensa começa a noticiar as coisas. Acredita, padrinho, que uma emissora de TV transmitiu quase meia hora de protestos dos professores na nossa Casa homologativa?- Não pode ser, desse jeito você quer acabar com a minha candidatura. Não deixa isso espalhar para o país não, senão estou perdido.- Pois, é padrinho, até no Senado tem um colega seu falando sobre a realidade do nosso estado. E falando mal, dizendo que a Copa do Mundo, para nós, é mais importante do que a Educação e os educadores.- E é mesmo!- Eu sei que é, padrinho, mas não podemos dizer isso publicamente, senão não ganhamos nem mais uma eleição.- Claro, claro, mas, afilhado, nossos métodos de pressão para esvaziar as greves dos educadores não estão funcionando? Por que?- Não estão funcionando não, padrinho. Tem uma minoria de professores que fica com medo e retorna, mas, da maioria que entrou em greve ninguém mais quer voltar para a escola. E agora com essa tal de Internet, ninguém aguenta mais! Acredita que já criaram até um lema: "sem o piso, não pisamos na escola"? Já estão falando até em impeachment! E o pior é que essa greve já se arrasta por 108 dias, padrinho!!- O quê, 108 dias? Mas como pode uma coisa dessas? Como eu não fiquei sabendo disso antes?- É que o senhor viaja muito, padrinho, e não tem tempo para visitar sua terrinha boa, ordeira...- Ordeira, afilhado? Com 108 dias de greve, uma TV falando mal do nosso governo e você proibido de visitar qualquer parte do nosso território? Que ordem é essa?- Pois é padrinho, por isso estou te ligando, para pedir autorização para negociar e pagar o piso.- Pois faça logo isso. E por que você demorou tanto a tomar esta decisão? Você costumava ser mais rápido antigamente.- Sabe por quê, padrinho? É porque o piso vai custar R$ 2 bilhões ou mais. E isso vai atingir os nossos investimentos, entendeu, as obras, as obras, os empreiteiros, os nossos amigos, entendeu?- Ahhhhhh, entendi! Então não pode não. Meus amigos empreiteiros, banqueiros, os donos da mídia, os deputados, os desembargadores, meu procurador, meus jornalistas, esta turma não pode ser atingida não. Separa direitinho a parte dessa turma e com o que sobrar aí sim, você pode pagar o piso.- Mas, aí não sobra pra pagar o piso, padrinho. O máximo que eu consegui foi encaixar um subsídio pra essa turma, que já tá bom demais da conta pra quem é, mas eles não querem aceitar. Eu coloquei duas secretárias e uma subsecretária para ficarem o dia todo na imprensa falando bem do subsídio e mal do piso, mas não adiantou. Parece que a coisa até piorou. Aí eu mandei preparar uma peça publicitária, ao som de uma voz meio doce e derretida, com fundo musical e tudo mais, para sensibilizar o povão, mas nem assim adiantou. Não sei mais o que eu posso fazer, padrinho.- Faça o que tiver de fazer, mas não toca no quinhão reservado para minha campanha e para os meus amigos. Isso é intocável. Inventa qualquer desculpa: Lei de Responsabilidade Fiscal, falta de dinheiro em caixa, ameaça de não pagar o 14º, diz que vai haver atraso no pagamento dos servidores, que o 13º será parcelado, enfim, você é bom nisso!- Já fizemos isso tudo, padrinho, isso está no nosso manual, que cumprimos rigorosamente, lembra?, cada parágrafo. Já colocamos cara feia na TV, já ameaçamos de demissão, já cortamos salários, já reduzimos remuneração, já usamos a mídia, já conseguimos que o nosso procurador e um dos nossos desembargadores decretassem a ilegalidade da greve, enfim, já fizemos de tudo, padrinho. Mas, não está funcionando.- Mais que gentinha mais chata, essa turma da Educação pública, hein afilhado? Desse jeito vamos acabar privatizando toda a Educação.- Pois é, já teve até um dos nossos jornalistas propondo isso. Mas, a lei não deixa, né padrinho? A gente faz isso de forma indireta, com terceirização e outras formas de transferência para o eficiente setor privado, mas não dá pra privatizar tudo. É uma pena, pois meu sonho era este.- Eu sei, afilhado, o meu também. Eu sempre achei as coisas privadas mais eficientes. Não vê quando eu caí do cavalo? Fui logo atendido numa clínica privada, com especialistas capazes e com toda rapidez e eficiência. Já imaginou se eu dependesse do SUS ou do Ipsemg? Eu estava com as costelas quebradas até hoje!- Eu penso a mesma coisa, padrinho. E agora com estes baderneiros desses educadores que querem receber mais, só para dar umas aulinhas para um monte de pirralho das periferias... Que povinho esse, que gente que não sabe se colocar no seu devido lugar...- Mas, que assunto mais desagradável este, hein afilhado. Ainda bem que eu tenho uma viagem marcada para Paris, onde vou encontrar com meus amigos nas baladas das boates, e depois vou para Nova York, e finalmente vou para Ipanema, onde as casas noturnas me aguardam. Não quero nem ouvir falar nesse assunto chato.- Cuidado para não dirigir, padrinho...- E precisa me lembrar? Preocupa não que eu agora ando com um motorista particular 24 horas por dia.- E eu aqui estou andando com uma tropa de choque 24 horas por dia. A coisa aqui tá feia, padrinho. Volta logo pra me ajudar a resolver este problema.- Eu não! Eu quero é distância desta confusão. Minha preocupação agora tá num outro plano, bem mais alto. Quando você resolver tudo, aí você me avisa porque não estou com cabeça para este tipo de problema tão vulgar e pequeno.- Pode deixar, padrinho. Neste final de semana eu e minhas secretárias vamos nos reunir para pensar o que fazer para acabar logo com esta greve maldita. E temos que ser rápidos porque as mobilizações populares estão aumentando. Agora já estão até criando colunas saindo de várias partes da Capital para se encontrarem na nossa assembleia homologativa.- Colunas, afilhado? Isso me lembra uma tal Coluna Prestes, que meu finado avô me contou certa vez que aquilo era coisa de comunista. Dá logo um jeito de resolver esse problema, pois daqui a pouco as atenções vão se voltar para o nosso território e isso não é bom para minha imagem. Pra sua imagem não tem problema não, mas pra minha tem. Se eu cair, cai todo mundo.- Eu sei, padrinho, eu sei, e pode deixar, padrinho, que nós vamos resolver tudo aqui. Mas, padrinho, você poderia fazer um discurso lá no senado nos defendendo...- TUM! TUM! TUM! TUM!Neste instante, ao que tudo indica, a linha caiu; ou teria sido desligada pelo padrinho, quando o afilhado pediu que ele o defedendesse no Congresso? Pelo visto, o padrinho do afilhado, que não é bobo é nada, não quer nem ouvir falar dos problemas de um certo território cercado por montanhas. E enquanto isso, o chão do território treme...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Indignação, tristeza, desilusão...

Esses são os sentimentos que o governo de MG tem imposto aos educadores deste Estado!
Aqueles que reinvindicam direitos, perdem até mesmo aqueles que se diz existirem.
Muito triste ver meu diários serem preenchidos por substitutos que nem fizeram faculdade do conteúdo que foram contratados a lecionar, 3 no meu lugar!
Sinto pelos alunos, pela educação, pela dignidade profissional, pelo mau caratismo do governo...
É esta a situação que vivemos em MG. O governo anuncia que as aulas estão sendo retomadas, por quem... pelos substitutos temporários não habilitados que esperam ganhar alguma coisa com esta crise! Há ainda aqueles que não estão conseguindo sobreviver com o corte de salário imposto pelo governo a aqueles que se dignaram a falar e a reivindicar seu direito (que ele insiste em não cumprir - ou enganosamente). É lamentável para o Estado, para o país, para todos cidadãos dignos e trabalhadores que necessitam da educação pública.
O grito continua...
JUSTIÇA, JUSTIÇA!!!
PAGUE O PISO!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mais uma arbitrariedade, ilegalidade e imoralidade...

Hoje, substitutos sem licenciatura estão sendo colocados no lugar dos educadores grevistas...
Muitos com a alegação de que "precisam trabalhar", como se isso também justificasse, por exemplo, um roubo, que no caso é o que estes substitutos estão fazendo com o nosso emprego. Não adianta dizer que nós não queremos trabalhar, muito pelo contrário, queremos sim, um trabalho digno, valorizado; nossa voz e nossa postura também precisa ser ouvida!
Afinal o que nós estamos gritando é: ACORDEM, ESSE GOVERNO É UM FORA DA LEI! QUER NOS PUNIR POR REIVINDICAR UM DIREITO E FUGIR DA SUA RESPONSABILIDADE DE CUMPRIR UMA LEI FEDERAL!!!
Alunos, pais, sociedade, atenção a postura que tomam quanto a essa situação. O governo quer apenas tampar buracos provocados pela reivindicação desses educadores. Façam ouvir também as suas vozes. Não aceitem pessoas que não são nem habilitadas para a função e ainda mais completamente despolitizadas, omissivas e usurpadores de direitos assim como o governo...
O que julgam mais importante, cumprir mais um ano, DE QUALQUER JEITO, ou participar da cidadania neste estado ditador e autoritário. Pensem que a postura de vocês agora pode comprometer a vida escolar dos alunos envolvidos nessa situação. E não é apenas na extensão do ano letivo mas na formação desses alunos.
Vamos nos unir nessa luta por uma educação pública de qualidade e por profissionais valorizados e conscientes!!A luta deve ser de todos, principalmente dos envolvidos. Juntos somos +. Deixem suas sugestões nos comentários. Grande abraço a todos e conto com a participação da comunidade para reverter essa situação.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estropiado, estropiada...
Meu pai falava assim quando a pressão era grande e a burocracia inimaginável.
E a cada dia se burocratiza mais e mais o dia-a-dia do pobre cidadão.
Onde se vai existe fila, registro, etc.
A ideia de se produzir cultura torna-se penosa e exaustiva.
E quando a gente exaure, zera tudo e inicia devagar, coisa pós coisa, dia atrás de dia.
Eu vou em frente convicta, cheia da certeza do que tenho a dizer, a narrar.
Só a obra do meu pai é carga para o resto da minha vida.
Fazer valer este acervo que é de valor inimaginável. A pulsação das Minas se fazendo moderna ao abrir o seio barroco, mineiro, cheio de mineirice.
Do barro ao concreto, do simples ao rebuscado. Uma mistura própria, uma linguagem única. O louco de ser singelo e belíssimo, natural e promíscuo, de cores, de formas, de conteúdo.
Ser Minas, ser rico de ideias, valores, expressão, revelações...
Ei, Minas...
Êta, pai... Ei, mãe... Memória de vocês, riqueza de Minas.
Nas minhas mãos, nos meus pensamentos, nos meus guardados.
Não é o mapa do tesouro mas sim todo este valor a ser revelado, descoberto...
Marcos Mazzoni, minha missão, minha riqueza, meu tesouro. Acervo de Minas, guarda na sua profusão o singelo da arte pura, cheia da cor, do cheiro, do fazer dos mineiros.
Estropiada, às vezes; convicta sempre.
(Texto de Marina Mazzoni)

Que tal sair da burocracia fútil das escolas, companheiros, lutar por salário digno e respeito às leis... Educação não se faz somente em sala de aula. De que adianta reclamar se não cumprimos nosso papel na luta por melhores condições, nisto inclui-se dignidade, moral, legalidade. Algo que nosso governo mineiro não tem respeitado, o que se comprova por sua análise da manifestação em Diamantina em que ele disse não ver efeito prático em tal ato. Não deve perceber também o efeito moral que deveria receber com essa atitude dos educadores. Falta MORALIDADE, LEGALIDADE, RESPEITO por parte deste governo! Quem sabe um bota-fora resolva este impasse...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O piso é lei, a greve dos educadores de MG é legal

Infelizmente lidamos com um governo fora da lei, desobedece até mesmo o STF e o MP apóia essa postura... Os alunos e suas famílias juntamente com os educadores e suas famílias e ainda a sociedade está pagando por isso. Quem poderá nos salvar agora, quem sabe o Chapolin Colorado; ou algum político honesto (quero crer que ainda exista!), ministro da educação... Alguém há de ouvir o clamor dos educadores mineiros que reivindicam nada mais do que um salário digno, o cumprimento de uma lei por parte do governo e que para isso está perdendo salário em mais um confisco do governo, pressões e críticas.
Deparamos com total descaso devido às políticas de desvalorização do profissional da educação que como se tem repetido pode ser "qualquer um", desabilitado, despreparado, despolitizado e sem perspectivas de progressão nesta carreira!
Até quando a educação será tratada desta forma, como passagem e muitas vezes como teatro em que os profissionais fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem, sendo apenas número para propaganda política!
ACORDA MINAS GERAIS, ACORDA POVO MINEIRO!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Responsabilidade dos governantes

Escutem, reis, e , procurem compreender. Aprendam, governantes de toda a terra. Prestem atenção, vocês que dominam os povos e estão orgulhosos pelo grande número de súditos. O poder de vocês vem do Senhor, e o domínio vem do Altíssimo. Ele examinará as obras que vocês praticarem e sondará as intenções que vocês têm. No entanto, apesar de serem ministros do reino dele, vocês não julgaram com retidão, não observaram a lei, nem procederam conforme a vontade de Deus. Por isso, ele cairá sobre vocês de modo repentino e terrível, porque um julgamento implacável se realiza contra aqueles que ocupam altos cargos. Os pequenos serão perdoados com misericórdia, mas os poderosos serão examinados com rigor. O Senhor de todos não recua diante de ninguém, nem se impressiona com a grandeza, porque ele criou tanto o pequeno como o grande, e sua providência é igual para todos. Mas um exame severo aguarda os poderosos. É para vocês, soberanos, que eu dirijo as minhas palavras, para que aprendam a sabedoria e não venham a cair. Os que observam santamente a santa vontade dele, serão declarados santos. E aqueles que a aprendem, encontrarão quem os defenda. desejem, portanto, ouvir as minhas palavras, anseiem por elas, e vocês receberão a instrução.
SABEDORIA, 6.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Palavras de um sábio...

Queridos colegas professoras e professores,
Estou estarrecido face à insensibilidade do Governador Anastasia face a uma greve dos professores e professoras por tanto tempo.Ele precisa ser inimigo de sua própria humanidade para fazer isso.Ele não ama as crianças, não respeita seus pais, despreza uma classede trabalhadores e trabalhadoras das mais dignas da sociedade, aquelaspessoas a quem nós confiamos nossos filhos e filhas para que recebameducação e aprendam a respeitar os outros e a acatar as autoridadesque foram eleitas para cuidar dos cidadãos.Essa intolerância mostra falta de coração e de compaixão no sentidomais nobre desta virtude que é sentir a necessidade do outro,colocar-se ao seu lado para aliviar seu padecimento e resgatar ajustiça mínima de um salário necessário para a vida.Recordo as palavras da revelação consignadas no livro do Eclesiásticocapitulo 34 versículo 27:”Derrama sangue, quem priva o assalariado deseu salário". Não queremos um governador que aceita derramar sanguepor não querer ceder nada aos professores e professoras que pedem o queé minimamente certo e justo.Quero me solidarizar com todos vocês e apoiar as revindicações queestão formulando.Com meus melhores votos e também preces diante dAquele que sempreescuta o grito dos oprimidos e injustiçados.
Leonardo Boff
Teólogo e escritor