segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Nossa luta continua...

Notícias segunda-feira, 31 de outubro de 2011, 19:32 HS
Sind-UTE questiona proposta do governo sobre Piso Salarial da Educação

Nesta segunda-feira, 31/10, foi realizada na Cidade Administrativa do Estado a 5ª reunião da Comissão Tripartite, formada por integrantes do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Governo do Estado e deputados estaduais, entre eles Paulo Lamac e Pompílio Canavez que hoje representaram a bancada do PT nas negociações.
Contrariando todas as justas reivindicações dos professores da rede estadual de ensino, o Governo não apresentou uma proposta convincente de pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional às oito carreiras, respeitando formação e tempo de serviço para os trabalhadores/as em educação, conforme prevê a lei federal 11.738/08 e a lei estadual 15293/04.
De acordo com o executivo estadual, o impacto financeiro da proposta apresentada por ele seria de R$ 1 bilhão. O governo informou ainda da necessidade de escalonamento do pagamento até 2015, já que alega não conseguir implementar a proposta em janeiro de 2012 por falta de recursos.
A coordenadora do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira, e demais lideranças do sindicato, questionaram esse “impacto financeiro” e repudiaram a nova proposta que não atende ao acordo de greve firmado entre as partes após o fim da paralisação de 112 dias da categoria.
A proposta do governo prevê interstício de 5% entre níveis e 1% por grau no vencimento básico, começando com o salário de R$712,20. A reivindicação do Sind-UTE é a de que se mantenham os percentuais vigentes hoje, quais sejam os de 22% e 3%, respectivamente.
O deputado Rogério Correia espera que essa proposta apresentada pelo Estado seja apenas inicial. Ele pretende reunir deputados e sindicalistas para a elaboração de uma contraproposta antes da próxima reunião da comissão Tripartite agendada para o dia 07/11, às 15h, na Seplag. “Vamos pressionar o governo para a aprovação do plano original da carreira, mas é preciso que os trabalhadores e trabalhadoras da Educação se mantenham mobilizados”, disse Rogério.
Na Assembleia Legislativa, Rogério e demais deputados da oposição estarão vigilantes, obstruindo a aprovação do Projeto de Lei apresentado pelo governo até que haja um acordo real que atenda às justas reivindicações da categoria.
Mais informações no Blog da Batriz Cerqueira
Fonte: Twitter Rogério Correia

Após 112 dias de atividades paralisadas, caminhamos, a passos lentos, mas caminhando...
Que a sociedade, os colegas de profissão, alunos e demais vejam que somente a luta, o questionamento, a força, a esperança, torna possível nossa conquista!
Abraço a todos.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Blog capta novo diálogo entre padrinho e afilhado

Blog do Euler capta novo diálogo entre padrinho e afilhado
- TRRRIIIMMMMM!- Hic, hic! Alô, quem fala?- Oi padrinho, sua benção!- Hic... Hic... Deus te abençe, afilhado, mas que hora é esta para me ligar?- Desculpe, padrinho, é que estou em outro país e perdi a noção do fuso horário.- Hic, hic, tudo bem, afilhado...- Tá tossindo, padrinho?- Não, estou com soluço, hic, hic. É que saí de uma festa agora há pouco, da casa de um amigo aqui no Rio. Festaço, com todo tipo de bebida importada, hic...- Ah, ainda bem que é só um soluço... Se estivesse em Minas eu ia te indicar um médico do Ipsemg.- IPSEMG? Hic, hic, hic... Cê quer me matar, meu afilhado? Desde quando eu sou atendido no Ipsemg?- É mesmo, desculpe, padrinho, é que eu estava conversando sobre este assunto com uma secretária, e acabei confundindo.- Mas, como foi a viagem ao exterior? Conseguiu aumentar meus fundos de campanha?- Claro, padrinho, são muito boas as perspectivas. Conversei com muitos empresários, banqueiros, estão todos apostando no senhor...- É mesmo? Hic, hic, hic... Que notícia boa!- Tudo bem que eles não votam aí no Brasil não, mas isso é só um detalhe... o que importa é que com a grana deles dá para realizar um ótimo trabalho. O tutu deles é violento. Vamos encher o Brasil com seu retrato em outdoor.- Claro, hic, hic, estou contando com isso. Além disso, tem as nossas empreiteiras de Minas, que não nos abandonam, e nem nós a elas, não é mesmo?- Claro, padrinho, nossos acordos com as empreiteiras estão todos de pé. É verdade que tem um pessoalzinho chato da Educação que quer porque quer receber o tal do piso salarial...- Hic, hic, hic... P-I-S-O? O que é isso?- Já te expliquei uma vez, padrinho, mas reconheço que é um tema chato e até eu tenho vontade de esquecer deste assunto. O problema é que é lei federal e vai custar um bom dinheiro do nosso orçamento. E é isso que me preocupa...- Hic, hic, hic... Mas que conversa é essa, afilhado? Pensei que você já tinha resolvido esse assunto. Não vai alterar as metas do choque de governo que nós iniciamos, hein?- Não, padrinho, pode ficar tranquilo, estou realizando um verdadeiro Governo de Choque. Até mesmo o prêmio de produtividade está ameaçado...- O quê? Hic, hic, hic... O prêmio? Aquele que eu implantei para substituir os aumentos salariais? Mas, aí minha campanha vai por água abaixo, antes de começar.- Pois é, padrinho, mas tá difícil arrumar estes recursos. Olha que eu já lasquei um confisco em mais de 150 mil educadores, reduzi o salário deles no meio do ano, deixei os grevistas sem salário durante mais de 50 dias...- Fez bem, afilhado, fez bem, essa turma de baderneiros tem que ser tratada assim mesmo: com corte de salário e polícia reprimindo!- Eu sei, padrinho, eu aprendi isso com você...- Bom menino, bom menino ... Hic, hic... Mas, o importante mesmo é que não faltem recursos para as nossas obras, nossos empreiteiros, a Copa do Mundo, nossos amigos das grandes empresas que querem anistia fiscal. Pode dar à vontade que eles merecem. Já esse negócio de piso, isso é bobagem, ninguém leva a sério esse assunto desagradável sobre educação. Meus adversários políticos fazem muto discurso e na hora h todo mundo cai fora. Não vê a presidenta? Falou, falou e agora, nada.- Tem toda razão, meu padrinho, e eu, que não prometi nada para os educadores é que não vou fazer o que eles querem. Já ofereci o subsídio, e tá muito bom. Imagina, padrinho, pelo subsídio eles passam a ganhar pelo resto da vida deles até dois salários mínimos, coisa que é até mais um pouquinho do que na sua época, lembra?- Não brinca, afilhado? Cê tá muito generoso. Hic, hic, hic... Dois salários mínimos como remuneração total para um professor com 30 anos de casa tá bom demais da conta. E o tal do piso básico, afilhado?- Ah, não te contei não? É R$ 712 pra todo mundo!- Isso tudo? Cê tá de brincadeira comigo. Hic, hic, hic... Eu vou ter que tomar mais uma.- Preocupa não, padrinho, isso dá pra fazer, até 2015 dá.- Ah, afilhado, antes que eu me esqueça, não deixe de reservar uma fatia caprichada para os nossos amigos da imprensa...- Claro padrinho, mas essa gente é barata. Qualquer trinta dinheiros nós levamos a grande mídia toda do estado, e mais um procurador de lambuja. Não chega nem a fazer cócegas no orçamento. Agora, esse piso dos educadores... 400 mil educadores... padrinho, aí que está o nosso problema.- Hic, hic, hic, isso tudo, afilhado? Pelo amor de Deus! Dá um jeito de enrolar sem que eles percebam, porque se eles resolvem fazer campanha contra a gente nós podemos mudar de país: 400 mil educadores dá para derrubar qualquer governo.- Eu sei, padrinho, é por isso que nós fizemos de tudo para dividir essa turma. Jogar uns contra os outros continua sendo, desde há muitos séculos, a melhor forma de enfraquecer os inimigos. Tem alguns que até colaboram com a gente. Precisava ver durante a greve deles. Eu até agradeci a eles pelo apoio. Muitos, fiquei sabendo, ficaram todo orgulhosos com minhas palavras de agradecimento.- Tomara que este piso dê errado. Hic, hic, hic. Vou beber um gole por você mais tarde, afilhado, para que você consiga resolver este pepino, porque eu quero distância deste assunto. Só volto a Minas quando tudo estiver pacificado.- Ihhh, padrinho, então vai demorar. Talvez até a Copa de 2014 os ânimos já estejam serenados...- Tomara. Quero inaugurar o Mineirão em plena campanha, hic. Vou convidar o povo todo para me receber na porta do estádio reformado.- Na porta, né padrinho, na porta, porque lá dentro mesmo, só quem tem dinheiro para pagar os ingressos, que não serão baratos não.- Claro, na porta. Os jogos, que é bom mesmo, o povão vai assistir é pela TV, e tá bom demais. No Mineirão vão estar os torcedores de outros países, e nós, e os nossos convidados, claro.- Pois é, padrinho, mas agora vou ter que desligar porque estou recebendo uma mensagem-torpedo urgente no meu celular. Espera um pouco padrinho... Ihh, minhas secretárias estão dizendo: "Volte logo, o clima em Minas não vai nada bem: chuva e sol, professores reclamando da falta de salário, moradores das comunidades de ocupação denunciam higienização dos pobres, servidores públicos reclamam pelo prêmio... e por aí vai".- Hic, hic, hic... Mas que monte de assunto negativo para minha cabeça, afilhado! Quando for ligar para mim, desligue este celular e selecione os temas para falar comigo, pois toda vez eu sou surpreendido com assuntos muito desagradáveis, que estragam a madrugada maravilhosa que eu acabei de viver com meus amigos aqui do Rio...- Desculpe, padrinho, desculpe, isso não vai acontecer novamente, prometo. Tenha uma boa madrugada de sono, que eu já estou de retorno. Sua benção, meu padrinho!- Deus te abençoe, meu afilhado! Sono nada... Depois dessas notícias todas eu teria um pesadelo... Hic, hic... vou ver se encontro algum boteco aberto!

Obs.: As comadres do padrinho estão espalhadas por aí, preocupadas mais com o serviço dos outros do que com o de si mesmas... Claro! Precisam de exemplos para aprenderem a trabalhar ou melhor, precisam satisfazer sua sede de inveja e malícias...

domingo, 23 de outubro de 2011

Para que existe "professor"...

NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES AFINAL....
PARA QUE SER UM PAIS DE 1° MUNDO SE ESTA BOM ASSIM.
Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado na Academia Brasileira de Letras"... LETRADO ELE
Tiririca: R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;"Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...COMO DIZ OS GAUCHOS- TCHÊ... QUE TAL?TRADUZINDO, O SALÁRIO DO PALHAÇO AI, PAGA SÓ 30 PROFESSORES, E PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE, CONTRATA O TIRIRICA PARA DAR AULA PARA SEU FILHO.
Um funcionário da Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um ACT ou um professor iniciante, levando em consideração para trabalhar na empresa você precisa ter o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado?
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...Moral da História:Os professores ganham pouco , porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como:ler, escrever e pensar.
Sugestão:Mudar a grade curricular das escolas , que passaria a ter as seguintes matérias:- Educação Física: Futebol
Música: Sertaneja, Pagode, Axé
História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
Biografia dos Heróis do Big Brother
Evolução do Pensamento das "Celebridades"
História da Arte: De Carla Perez a Faustão
Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
Português e Literatura:?? ? ? ? ?? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?? ? ? ? ? ? Para quê ? ? ? ? ?? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ?? ? ? ? ? ? Obs: Não sirvo para nada, muito menos meu diploma, pois "qualquer um" pode me substituir, desde "formado" em Direito (com certeza, sabe Literatura) ou Biblioteconomistas (não acham trabalho) ou ainda "colegas" também "formados" (que formação!)...
Biologia, Física e Química:Excluídas por excesso de complexidade
Está bom ou quer MAIS!!!!!!!!!!!!!ESSE É O NOSSO BRASIL!!!!!!
Olha o absurdo no Rio de Janeiro (que não é diferente no resto do Brasil)
BOPE R$ 2.260,00........................ para Arriscar a vida;
Bombeiro R$ 960,00.....................para Salvar vidas;
Professor R$ 712,00.....................para Preparar para a vida;
Médico R$ 1.260,00.......................para Manter a vida;
E o Deputado Federal?Ganha R$ 26.700,00 para FERRAR a vida de todo mundo!
É isso ai, minha gente!!! O nosso Brasil é assim...

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

LITERATURA DE RESISTÊNCIA

Rumo

É tempo, companheiro!
Caminhemos...
Longe, a Terra chama por nós,
e ninguém resiste à voz
Da Terra...

Nela,
o mesmo sol ardente nos queimou,
a mesma lua triste nos acariciou,
e se tu és negro e eu sou branco,
a mesma Terra nos gerou!

Vamos, companheiro...
É tempo!

Que o meu coração
se abra à mágoa das tuas mágoas
e ao prozer dos teus prazeres
Irmão
Que as minhas mãos brancas se estendam
para estreitar com amor
as tuas longas mãos negras...
E o meu suor
se junte ao teu suor,
quando rasgarmos os trilhos
de um mundo melhor!

Vamos!
que outro oceano nos inflama...
Ouves
É a Terra que nos chama...
É tempo, companheiro!
Caminhemos...

LARA, Alda. Rumo. In: NEVES, João Alves das. Poetas e contistas africanos de expressão portuguesa.

A marca principal da literatura africana de língua portuguesa é sua postura de resistência à dominação estrangeira, de reivindicação dos direitos humanos básicos, bem como a denúncia da exploração de que ainda são vítimas as populações mais pobres.
Muita gente se engajou nessa resistência - cantores, pintores, poetas, escritores, intelectuais, jornalistas. E, como milhões de africanos foram trazidos na condição de escravos ao Brasil ao longo de vários séculos, boa parte da população brasileira se reconhece nessa resistência, pois, afinal, são descendentes dessas pessoas.

Fonte: Português. Leila Lauar Sarmento e Douglas Tufano. Volume 3.

sábado, 15 de outubro de 2011

A nobre missão de educar um ser humano

O transcurso do Dia do Professor (a), em 15 de outubro, é uma oportunidade para saudá-lo, agradecer pelo trabalho dedicado aos nossos jovens; e de oferecer-lhe uma reflexão sobre esta nobre missão. Eu me incluo entre eles porque há 40 anos exerço o magistério.
Não há dúvida de que no rol das profissões, a de professor sempre se destacou pelo fato de trabalhar diretamente com a mais nobre realidade do mundo: o coração, a inteligência e alma do ser humano. Nada é mais importante do que o homem e a mulher. Santo Irineu já dizia no século II que “o homem é a glória de Deus”; é claro que falava do ser humano, não apenas do masculino. A missão do professor, mais do que ensinar, é educar.
É nobre e necessário dominar o aço e os microorganismos, ouvir as galáxias e o cosmo, construir casas e computadores, mas muito mais nobre ainda é formar o homem, senhor de tudo isso. Os sábios gregos já diziam: “dá-me uma sala de aula e mudarei o mundo!”
Ghandi dizia que “a verdadeira educação consiste em pôr a descoberto o melhor de uma pessoa”. É como fazia Michelangelo com a pedra. Certo dia, ele viu um bloco de mármore e disse a seus alunos: “Aí dentro há um anjo, vamos colocá-lo para fora!”. Depois de algum tempo, com o seu gênio de escultor, um anjo surgiu da pedra. Então os discípulos lhe perguntaram como tinha conseguido aquela proeza. Ele respondeu: “O anjo já estava aí, apenas tirei os excessos que estavam sobrando”. Educar é isso, é ir com paciência e perícia, sabedoria e bondade, retirando os maus hábitos e descobrindo as virtudes, até que o “anjo” apareça em cada aluno.
O grande educador francês Michel Quoist dizia “que não é para si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros e para Deus. Educar é colaborar com Deus”. O jovem e frágil aluno de hoje será o condutor da nação amanhã; o que for semeado hoje no seu coração, na sua mente e no seu espírito, será colhido amanhã pela sociedade. Daí a grande tarefa e enorme responsabilidade do professor, em qualquer nível. Já esqueci os nomes de muitas pessoas ilustres que passaram em minha vida, mas nunca esqueci os nomes das quatro primeiras professoras do curso primário.
O que o aluno espera de um professor? O que os pais e a nação esperam de nós? Em primeiro lugar, que sejamos honestos, honrados e capacitados, exigências mínimas de quem carrega o título de mestre. Sabemos que o homem moderno está cansado de discursos… Quer ver bons exemplos, a começar do professor. O mestre romano Sêneca dizia que “de nada vale ensinar-lhes o que é a linha reta, se não lhes ensinarmos o que é a retidão”.
O aluno só aprende com satisfação quando o professor ensina com entusiasmo e sabe motivá-lo. Os alunos respeitam o professor que domina a matéria e sabe motivar para o aprendizado. Um homem motivado vai à Lua, mas sem motivação não atravessa a rua.
O aluno espera que o professor tenha paciência com ele, tenha a humildade de não usar o seu conhecimento para humilhá-lo e que não use do poder da avaliação para destruir a sua autoestima. O aluno espera que o professor prepare bem as aulas. Nada pior para um aluno do que ter que assistir a uma aula maçante, mal preparada, ministrada por alguém que não conhece o que ensina. É um grande desrespeito… para não dizer, um crime. Ele quer ver o seu mestre ensinar com didática, competência e clareza, além de pontualidade no horário e apresentação adequada. Ele quer vê-lo como um bom amigo que não lhe dá apenas informações, mas formação e sabedoria de viver.
João Paulo II, na encíclica Redentor dos Homens, disse que o mundo vai mal porque o homem moderno conquistou o universo, mas perdeu o domínio de si mesmo. Sente-se hoje ameaçado por aquilo que ele mesmo criou com a sua inteligência e construiu com as suas mãos. Por quê? Porque falta-lhe a Sabedoria. Porque junto com a ciência e a tecnologia não cuidou do desenvolvimento e do respeito aos princípios da ética, da moral e da fé. Está cheio de ciência, mas vazio de sabedoria. Ele disse que os falsos profetas e os falsos mestres conheceram o maior sucesso possível no século XX (EV,17).
Sabemos que a felicidade verdadeira, que não acaba, é aquela que nasce no bojo da virtude. Portanto, é na vivência de um magistério autêntico que colheremos os frutos mais doces da profissão.
Felipe AquinoProfessor de física, autor de mais de 60 livros, e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias” (www.cancaonova.com)

Não há vagas - Ferreira Gullar

O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Ferreira Gullar chama a atenção para os temas que a poesia aborda e as que deveria incluir: miséria, vida sofrida das pessoas humildes etc. Ele critica a concepção de poesia que se aliena da realidade, que se distancia dos problemas sociais. Segundo o eu lírico, ao evitar tomar posição diante das questões de seu tempo, o poema perde sua função, não serve para nada, metaforicamente "não fede nem cheira".
Assim também devem ser pensados os conteúdos que as escolas e professores lecionam, pois se não estão ligados à realidade da sociedade de nada servem, ficam obsoletos, morrem e não atingem os alunos.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O que os professores vão comemorar no próximo dia 15?

No dia 15 de outubro próximo comemora-se mais uma data alusiva ao professor. Teoricamente, deveria ser um dia de comemoração e confraternização por parte de todos os educadores do Brasil, que deveriam já estar recebendo o piso salarial nacional, confiantes de uma carreira que estaria vivendo um momento de valorização.Contudo, a realidade é completamente oposta. Tomemos inicialmente o exemplo dos educadores do estado Minas Gerais, que em teoria está entre os três estados mais ricos da Federação. Para tentar garantir o cumprimento de uma Lei Federal - a Lei do Piso - os educadores mineiros tiveram (tivemos) que realizar uma heroica greve de 112 dias - e mesmo agora, quando a greve foi suspensa, o sindicato da categoria tenta negociar uma possível aplicação da lei federal.Enquanto isso, os educadores mineiros que participaram da greve estão sendo castigados pelo governo de Minas com os contracheques zerados nos meses de outubro e de novembro, além dos cortes e redução de salários realizados nos meses de julho, agosto e setembro.A máquina do estado, coordenada pelo governo mineiro e englobando a procuradoria geral da justiça, o judiciário, o legislativo e a grande mídia, realizou os mais sórdidos ataques aos educadores que lutaram pela aplicação de uma lei federal. Foram 112 dias de chantagens, ataques, ameaças, bombas de gás lacrimogênio, gás de pimenta, corte de salário, contracheque zerado, redução salarial; violenta campanha publicitária difamando os professores; covarde atuação da grande mídia, omissa e vendida; atuação pusilânime também da procuradoria geral da justiça, que ao invés de zelar pelo cumprimento da lei atuou como garoto de recado do governador; total omissão do poder legislativo, sempre pronto para servir ao governante de plantão em troca de favores políticos; além da ação da justiça sempre favorável ao governo.Enquanto milhares de educadores deram uma verdadeira aula pública de cidadania, lutando corajosamente para defender direitos assegurados em lei - e para isso ocupando rodovias, realizando gigantescas passeatas, acampando na assembleia legislativa, acorrentando-se em diferentes pontos de Minas Gerais, realizando greve de fome, ocupando o plenaŕio da ALMG, e travando o bom combate em todas as frentes possíveis, inclusive na Internet, para quebrar o monopólio da mídia pró-governo -, do outro lado estavam as autoridades constituídas, dando o pior exemplo.Ao invés de tentarem viabilizar o pagamento do piso salarial nacional, instituído por lei federal - evitando com isso a greve -, os chefes dos poderes constituídos tentaram destruir a carreira dos educadores, sonegar o pagamento do piso, cassar o direito de greve, e realizar as mais diferentes formas de crueldade e tortura contra os educadores.Minas Gerais trouxe de volta, durante os 112 dias da heroica greve dos educadores que tiveram coragem de lutar - infelizmente, muitos se omitiram -, os piores momentos da recente história do Brasil, vividos durante a ditadura militar. Houve tortura psicológica, através de chantagens, pressões de diretores de escola a mando do governo, corte de salário e até mesmo tortura física, quando aconteceu a ocupação do plenário da ALMG e o ar condicionado foi ligado ao máximo, deixando os educadores durante um bom tempo submetidos ao ambiente congelado, sem água e sem direito ao uso do banheiro. Na então Praça da Liberdade - que tornara-se a Praça da Repressão -, no momento em que o governador e o senador candidato a presidência da República recebiam um seleto grupo de convidados, os educadores recebiam balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio, gás de pimenta e cassetete. Foi uma expressão fiel do pensamento e da prática discriminatória e excludente da elite dominante brasileira em relação aos de baixo, aos trabalhadores que constroem o presente e o futuro deste país.No próximo dia 15, os educadores de Minas passarão mais um dia do mês de outubro sem salário, tendo que lecionar e repor aulas sem qualquer meio de sobrevivência, pois o governo se negou a pagar o salário do mês de outubro, mesmo após um acordo assinado, que garantiu a suspensão da greve. Até mesmo a proposta de antecipação do 13º salário para este mês foi adiada para o dia 17, quando o governo de Minas poderá aceitar ou não tal proposta. E no mês de novembro novamente não haverá salário para os educadores, pois o governo impõe uma política de terrorismo psicológico, negando-se a pagar o mês corrente para intimidar os educadores, além de impor mais uma crueldade sobre aqueles que fizeram greve. São práticas características de crimes lesa-humanidade, uma vez que milhares de pessoas, que são arrimo de família têm sua fonte de subsistência cortada abrupta e sadicamente.E para completar, ao mesmo tempo que o governo mineiro se recusa a pagar os salários de outubro e novembro aos educadores, mantém nas escolas milhares de substitutos - a maioria sem habilitação para lecionar -, que foram contratados durante a greve e que agora recebem salários sem nada fazerem nas escolas. Uma zombaria do governo, não apenas à educação e aos educadores, mas à sociedade mineira, que vem conhecendo a verdadeira face deste projeto neoliberal iniciado pelo governo do Faraó há oito anos e meio.Por isso, no dia 15 de outubro, os educadores de Minas não têm nada para comemorar, pois continuam (continuamos) vítimas de políticas de confisco salarial, do chicote de capitães de mato travestidos (as) de secretárias de estado e diretores de escola, e da omissão e covardia dos demais poderes constituídos das três esferas da União Federal.(blog do euler)

FELIZ DIA DOS PROFESSORES, graças a Anastasia, não é tão feliz! A felicidade que nos move ou entusiasmo é saber que a nossa luta não acabou, nem foi em vão, afinal não estamos conformados com a situação atual, há muito o que melhorar, por isso nossa felicidade não está também calada, resta-nos a coragem e a força para a luta apesar do luto...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Essa tal DEMOCRACIA...

Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo.
Embora existam pequenas diferenças nas várias democracias, certos princípios e práticas distinguem o governo democrático de outras formas de governo.

Democracia é o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.

Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da liberdade.

A democracia baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos direitos individuais e das minorias. Todas as democracias, embora respeitem a vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias.

As democracias protegem de governos centrais muito poderosos e fazem a descentralização do governo a nível regional e local, entendendo que o governo local deve ser tão acessível e receptivo às pessoas quanto possível.

As democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.

As democracias conduzem regularmente eleições livres e justas, abertas a todos os cidadãos. As eleições numa democracia não podem ser fachadas atrás das quais se escondem ditadores ou um partido único, mas verdadeiras competições pelo apoio do povo.

A democracia sujeita os governos ao Estado de Direito e assegura que todos os cidadãos recebam a mesma proteção legal e que os seus direitos sejam protegidos pelo sistema judiciário.

As democracias são diversificadas, refletindo a vida política, social e cultural de cada país. As democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em práticas uniformes.

Os cidadãos numa democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades.

As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.
http://www.embaixadaamericana.org.br/democracia/what.htm

VALE A PENA PENSAR SE NO AMBIENTE QUE VOCÊ VIVE EXISTE ESTA DEMOCRACIA, SE NÃO, CABE A VOCÊ LUTAR POR ELA E EXERCER SEU PAPEL DE CIDADÃO!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Sobre a greve dos educadores públicos 2011

Lucas Morais
Os professores da rede estadual de educação, apesar de todos os ataques e derrotas que sofreram, deram uma aula histórica de luta aos mineiros e mineiras, em uma das mais belas e maiores greves da história do estado de Minas Gerais.
Diante de ataques vindos do judiciário, através do Ministério Público Estadual, do Supremo Tribunal Federal (via Cármen Lúcia, mineira), do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (Roney de Oliveira), dos meios de comunicação (precisa dizer?), da Polícia Militar, de todos os políticos ligados à demotucanagem e até mesmo do ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), os professores lutaram através de mobilizações coordenadas pelo Sind-UTE/MG, e puderam contar com a solidariedade de estudantes, movimentos sociais como Movimento dos Sem Terra, Movimento dos Atingidos por Barragens e Via Campesina, escritores como Leonardo Boff, Luís Fernando Veríssimo e Fernando Morais, entre várias outras categorias de trabalhadores, como os da construção civil, os dos Correios, policiais civis.
112 dias de lutas, ataques e solidariedade
Foram 112 dias de greve e muita luta. As assembleias da categoria, realizadas semanalmente nas dependências externas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, contavam regularmente com a participação de 5 a 12 mil professores e simpáticos ao movimento. Por onde a marcha dos professores passou nas ruas de Belo Horizonte foi visto solidariedade, papéis picados jogados do alto dos prédios, transeuntes e motoristas que, apesar de se atrasarem dez ou quinze minutos para seus compromissos, demonstravam solidariedade.
As marchas culminavam ou na Praça da Liberdade, em frente ao Palácio da Liberdade, para protestar contra o autoritarismo tucano e seu assédio e violações contra as liberdades constitucionais dos grevistas, ou na Praça Sete, no centro da capital. Em ambos locais professores chegaram a se acorrentar para exigir que o governo negociasse o piso salarial. Na Praça da Liberdade estes professores acorrentados foram reprimidos com gás lacrimogêneo e cacetadas, com um professor tendo sido atingido na cabeça e levado ao hospital João XXIII.
No 111º dia de greve, um grupo de professores ocupou o plenário da Assembleia Legislativa e se acorrentaram junto às cadeiras do parlamento. A Tropa de Choque ROTAM da Polícia Militar ameaçou na madrugada retirar à força os professores. Um grupo de deputados liderados pelo petista Rogério Correia, diga-se, o único deputado a defender os professores a todo tempo, interveio para proteger os professores. A mídia tentava, a todo momento, provocar e criminalizar a greve junto à opinião pública.
Mubarak Anastasia “negocia”
O governo tucano de Antonio Anastasia, um Mubarak tecnocrata fabricado por Aécio Neves e seus comparsas, mesmo utilizando de todo o aparelho estatal estadual e federal, teve de ceder e reconhecer que está ilegal frente o Piso Salarial Profissional Nacional, que equivale hoje R$ 1.187,00 (Lei nº 11.738/08), enquanto o governo tucano pagava até então R$ 369,00 mais bonificações, algo que me recuso a chamar de salário, e sim um tiro no estômago.
No 112º dias da greve, o governo tucano aceitou negociar com o Sind-UTE com a condição da suspensão da greve e se comprometeu, por escrito, a pagar um piso de R$ 712,00, planos de carreira, e rever as demissões já realizadas. Uma negociação rebaixada. A greve foi suspensa pela categoria em assembleia.
O maior problema que os grevistas enfrentaram foi a própria apatia, temor e oportunismo dos fura-greves, pois todos os demais ataques os professores conseguiram dar o troco. Entretanto, os ataques do governo, feitos desde o princípio da greve, desencorajou muitos dos professores hesitantes em aderir à greve, com receio de perderem empregos, tal como de fato ocorreu nos meses seguintes.
Cruzada neoliberal contra a educação
O saldo? No dia 8 de outubro, quando os comandos regionais do Sind-UTE se reuniram para avaliar o avanço dos compromissos do governo tucano, a realidade era esta: Corte de salários, exoneração de diretores e vices, negativa de férias prêmio, substitutos recebendo sem trabalhar, tudo sem justificativas técnicas ou jurídicas. Uma verdadeira traição aos próprios compromissos firmados por escrito por representantes do governo. E assim os tucanos continuam sua cruzada contra a educação, a juventude, os trabalhadores, os mineiros e as mineiras.
Que um Movimento Fora Anastasia e Tucanos possa dar as devidas respostas populares nas ruas de nosso estado.
Lucas Morais é jornalista, editor brasileiro de Diário Liberdade e torce para que a Liberdade volte às ruas de Minas Gerais.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Acorda juventude!

Jovens, onde está tua coragem para a luta, para a guerra contra o autoritarismo e a ditadura!
Até quando vais aceitar que te imponham formas de viver...
És livre, basta acreditar em tua força e vontade!
Queira o melhor para si, não se contente com o pouco ou com o quase nada...
Não merece esmola, merece reconhecimento, merece conhecimento!
Não queira fugir das responsabilidades, pois estas é que te farão melhor.
Por que só diversão se podes muito mais, não queira deixar o mais importante para os outros pois estes podem não pensar no melhor para você.
Pense, analise, questione e faça sua parte!

domingo, 9 de outubro de 2011

Sobre os professores e a indiferença de boa parte da sociedade brasileira
Lucia Elena Pereira Franco Brito*

Depois de uma greve histórica de 112 dias, voltamos, no dia 29 de setembro, para nossa rotina de trabalho na sala de aula. Na condição de professora de História da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais há 19 anos, posso testemunhar o descaso com que os professores vêm sendo tratados nesse país. Contudo, nem em sonho poderia imaginar tudo que presencie na tensa, intensa e extensa paralisação de 2011.Durante muitos anos, nós, professores mineiros – e de outros estados também –, trabalhamos calados e cabisbaixos, engolindo a seco humilhações de todo tipo. Víamos o país passar por certo crescimento, o salário mínimo reajustado ano após ano – e mudando, realmente, de patamar – e seguíamos mortificados com os mesmos contracheques. Tornou-se comum a existência de alunos do noturno, já trabalhadores, ainda sem concluir o ensino médio e recebendo salários bem maiores que os dos professores – profissionais, em grande parte, graduados e pós-graduados.A sala dos professores converteu-se em um espaço de descrença e lamentações. O adoecimento, responsável pelo aumento dos afastamentos por licença saúde, além de crescer nos últimos anos, diversificou-se. Ao lado dos tradicionais problemas com a voz, coluna e braço, passaram a ser frequentes os quadros de depressão, ansiedade, transtorno do pânico e outros sinais do adoecimento psíquico do professorado em geral, resultante de péssimas condições de trabalho, desvalorização e perda da auto-estima, para citar apenas algumas causas.Mesmo diante desse caos, foram escassas as reações por um longo período e, quando ocorriam, soavam estranhas, porque parece que boa parte da sociedade brasileira entende que aos professores compete o sacerdócio, a vocação e o trabalho por amor. Além, evidentemente, da dedicação irrestrita e incansável que trará melhores indicadores à educação no Brasil. Caso isso não ocorra, esses mesmos profissionais, “heróis” em algumas situações, são metamorfoseados imediatamente em “vilões” – os culpados por todo fracasso que possa envolver o mundo escolar. Por isso, nada mais natural que sejam punidos com mais trabalho, mais responsabilidade (agora somos “educadores”, a família e a sociedade lavam as mãos e nós temos que, além de ensinar, educar), com sobrecarga de funções e obrigações e com baixos salários. Quando reclamávamos, a resposta sempre vinha pronta: o professor é mal qualificado, por isso ganha mal. Se estudasse mais, receberia mais.Eis que em 2011, não somente em Minas Gerais, os professores deram uma aula, de conteúdo diversificado, e de graça – como sempre – para toda a sociedade brasileira. Provamos que não somos seres estranhamente etéreos. Somos de carne e osso, sentimos fome e sede (fazemos greve de fome!), sentimos frio (o que ficou cientificamente provado, quando ligaram o ar condicionado da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para torturar os professores que se encontravam acorrentados, em protesto, naquela casa) e, pasmem!, temos sangue – isso mesmo, sangramos quando apanhamos, mesmo quando isso ocorre diante das câmeras de televisão. Posso imaginar o susto de vários brasileiros quando viram as imagens mostradas pelo Jornal Nacional dos professores do Ceará em greve que apanharam até sangrar: “Gente, eles têm sangue!”. Estranhamente, agressões parecidas ocorreram em Minas, numa praça chamada “da Liberdade”, mas a Globo não captou. Que pena!Mostramos que temos um baita conhecimento de geografia. Deslocamo-nos todas as semanas para Belo Horizonte, partindo de diferentes regiões deste estado gigantesco, para debatermos a continuidade ou não do movimento e as estratégias traçadas para fazer escutar aqueles que não queriam nem sequer ouvir. Conseguimos até rastrear a agenda das autoridades políticas, a ponto de provocarmos repentinas mudanças de planos. Como se não bastasse, descobrimos outra forma de dominar o espaço – navegamos pelas redes sociais e nos mantivemos unidos, apesar das pressões, ameaças, chantagens, perseguições, exonerações, contratações de fura-greves, com o falso interesse de não prejudicar os alunos – como se professores e alunos não fizessem parte do mesmo processo e sempre que se desvaloriza um, prejudica-se o outro dessa relação.Na matemática, então, demos um show. Quando o governo tentou nos seduzir com o subsídio, provamos que o piso – agregadas a ele todas as nossas vantagens adquiridas por tempo de serviço e escolaridade, conforme o STF, inclusive, considerou – resultava numa soma muito mais condizente com um salário digno. Justamente nós fizemos essa conta, de quem se esperava que se pagasse água, luz, gás, comida e outras banalidades com amor!Sem me alongar, porque as lições foram inumeráveis, mostramos que temos voz e que queremos gritar. Essa voz começou a ser timidamente emitida na greve de 2010, quando fizemos um pequeno aquecimento que serviu para revelar a habilidade dos governantes para não cumprir acordos, mas revelou também a força que tem uma categoria quando acorda para sua própria importância. Esse movimento ainda não terminou. Depois do aquecimento, veio no máximo um ensaio geral. O grande espetáculo ainda está por vir. Agora que estamos reconstruindo nossa identidade – tantos anos corroída pelas políticas públicas que cuidadosamente alienaram os docentes em nome de um nefasto pensamento hegemônico –; agora que estamos fazendo as pazes com o pensar crítico, com a coragem de cobrar e de buscar o que é nosso de direito (Piso Salarial Profissional Nacional, embora pífio, é lei), não vamos desistir de jeito nenhum!Não posso falar por todos os professores, mas posso falar por mim e talvez meu pensamento se aproxime de outros colegas de profissão. Embora não trabalhe “por amor”, amo o que faço. Mas não vou fazê-lo à custa da destruição de minha saúde, de meus sonhos e em detrimento de meus direitos. Vou fazê-lo, com amor e competência, exigindo sempre ser respeitada e valorizada na proporção direta do meu esforço, dedicação, capacidade, tempo de serviço e escolaridade. Docência não é sacerdócio, é profissão da maior importância exercida por gente de carne e osso; pessoas que possuem necessidades, desejos, deveres, mas também direitos. Quanto esse país não tem perdido por não reconhecer tamanha obviedade! Que a sociedade brasileira acorde de sua conveniente e sonolenta indiferença e pague o que nos deve. E tenho dito!
Lucia Elena Pereira Franco Brito é professora de História da rede pública estadual. Texto publicado no Jornal Pontal, da cidade de Frutal, em outubro de 2011

Inútil

"A gente faz carro e não sabe guiar
A gente faz trilho e não tem trem pra botar
A gente faz filho e não consegue criar
A gente pede grana e não consegue pagar

Inútil
A gente somos inútil

A gente faz música e não consegue gravar
A gente escreve livro e não consegue publicar
A gente escreve peça e não consegue encenar
A gente joga bola e não consegue ganhar

(Roger Rocha Moreira - Ultraje a rigor)

A gente faz GREVE e muitos não se comovem, como nosso governador Anastasia, que viaja tranquilamente enquanto os educadores mineiros estão sem salário para trabalhar! Voltamos ao trabalho e nem assim ele quer pagar. Quer humilhar ainda mais os trabalhadores. Fez uma promessa, um acordo em que nos comprometemos a voltar ao trabalho e ele se comprometeu a pagar o piso em janeiro! Agora quer que trabalhemos sem salário. Muitos não tem como ir para a escola nem dinheiro para comer, vejam bem quem está governando nosso estado: Antônio Junio Anastasia, inimigo dos trabalhadores e da dignidade humana, alguém que não tem o mínimo de sensibilidade e menos ainda senso político, o qual os trabalhadores grevistas demonstraram ter muito mais que o digníssimo governador e suas assessoras ...
Povo, veja, analise, pense!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Trabalho para 3o bimestre TODOS ALUNOS

Pesquisar sobre GRÊMIO ESTUDANTIL;
Mobilizar para a formação de um grêmio na escola com envolvimento de todas as turmas.
Formar o grêmio.
VALOR: 10 PONTOS

O que é o Grêmio Estudantil?
O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Objetivos:Por isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua escola, organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles tenham voz ativa e participem – junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da programação e da construção das regras dentro da escola.
Para resumir:Um Grêmio Estudantil pode fazer muitas coisas, desde organizar festas nos finais de semana até exigir melhorias na qualidade do ensino. Ele tem o potencial de integrar mais os alunos entre si, com toda a escola e com a comunidade.Por que um Grêmio na escola?Em todo lugar sempre tem algo importante a ser melhorado ou construído. Na sua escola, com certeza, não é diferente.O Grêmio Estudantil é uma das primeiras oportunidades que os jovens têm de participar da sociedade. Com o Grêmio, os alunos têm voz na administração da escola, apresentando suas idéias e opiniões.Mas toda participação exige responsabilidade! Um Grêmio Estudantil compromissado deve procurar defender os interesses dos alunos, firmando, sempre que possível, uma parceria com todas as pessoas que participam da escola. É importante trabalhar principalmente com os diretores, coordenadores e professores. Somente assim o Grêmio atuará verdadeiramente em benefício da escola e da comunidade.Faça parte desse grupoParticipar é importante para poder transformar. Se não estamos satisfeitos com alguma coisa, podemos propor alternativas e participar na sua transformação. Se estamos contentes com algo, podemos participar na sua divulgação e contribuir para que outras pessoas aprendam com nossa experiência. Isso é exercício de cidadania.Por isso é muito importante aprendermos a participar organizadamente das atividades da sociedade, da nossa comunidade e da nossa escola. E a melhor forma de aprender a participar é participando, ou seja, aproveitando as oportunidades que aparecem ou mesmo criando-as.Quanto mais estimulamos a colaboração e a solidariedade dentro da escola e em nossa comunidade, mais estaremos participando da construção de uma cidadania ativa, consciente e responsável. Esse é o desafio do GRÊMIO LIVRE ESTUDANTIL.PARTICIPE!Os estudantes e os grêmios livresGrêmios estudantis são entidades em que os estudantes desempenham uma atividade política, a qual denominamos de movimento estudantil – lugar onde todos exercem sua cidadania, ou seja: lutam por uma maior e melhor relação entre alunos e professores, bem como buscam uma formação escolar voltada para a realidade do país.Em 1968 a ditadura militar proibiu a criação e funcionamnto dos grêmios estudantis como força representativa dos discentes em suas respectivas escolas. No lugar dos grêmios foram instituídos os centros cívicos que não tinham autonomia e não podiam realizar atividades de natureza política, numa concepção alienada de que escola era lugar para estudar e não para fazer política. Os estudantes participaram dos centros cívicos, mas sempre lutaram pela volta dos grêmios estudantis livres.Com a abertura política e o retorno à normalidade da vida cívil, em 04 de novembro de 1985, é sancionada a Lei 7.398 (Lei do Grêmio Livre), de iniciativa do então deputado Aldo Arantes e reinvidicada pela UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Esta lei redemocratizou as entidades de representação estudantil no âmbito da educação básica, possibilitando novamente aos secundaristas, o direito de se organizarem de forma autônoma através de grêmios estudantis. Esta conquista, também está ratificada no artigo 53 da Lei 8.069, de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê o direito da criança e do adolescente à livre organização e participação em entidades estudantis.Os grêmios devem realizar atividades de naturezas: esportiva; cultural, educacional; social, como também atividades políticas com vistas à organização e conscientização dos estudantes e envolvimento dos mesmos em reivindicações do nosso dia-a-dia, pois o grêmio se reveste em imprescindível mecanismo de unificação, união e luta de todo o movimento estudantil secundarista.. Assim, o grêmio colabora para a formação de um jovem cidadão mais crítico, participativo, condutor e sujeito de sua própria história.Comunidade Escolar: O grêmio estudantil integra a comunidade escolar. Implica dizer que o mesmo participa de toda uma rede de atores; peculiares ao cotidiano da vida da escola. Instituições como conselho escolar e associação de pais e mestres contribuem cada uma a seu modo, no crescimento e desenvolvimento da comunidade, numa visão de autonomia e gestão democrática do ensino.Saiba Mais:Somente alunos matriculados na escola podem integrar os grêmios estudantis;Antes de criar um grêmio, é importante formar uma comissão pró-grêmio estudantil, cuja função será organizar a futura entidade e demonstrar aos alunos a necessidade dessa representação;Todo grêmio deve ter um estatuto: instrumento facilitador e agregador que incentive a participação dos integrantes. Deve ser um alicerce legal, que defina objetivos e finalidades, a estrutura adminsitrativa e as competências, além de normalizar as funções;É preciso planejamento, com reuniões periódicas e ocasionais. É recomendável fazer uma pauta para colocar em ordem os assuntos a serem discutidos;A assembléia geral não pode ser feita em horários que impliquem perda de aulas. As assembléias devem ser curtas, dando a todos os estudantes a oportunidade de se manifestarem;O grêmio estudantil é independente da administração escolar. Podem ser feitos projetos em comum com a escola, porém, sem interferências. O grêmio também deve se manter distante de partidos políticos, respeitando a pluralidade ideológica de cada estudante;Todas as verbas obtidas pelo grêmio devem ser usadas na sua manutenção, não podendo haver remuneração para nenhum integrante.Os grêmios e a ação estudantilSendo a escola o espaço aglutinador da juventude, é ela em si o espaço central e privilegiado para a formação de lideranças e promoção de cultura cívica. Emerge daí a importância do processo de formação e consolidação dos grêmios estudantis.Por definição socialmente comungada e legalmente reconhecida, o grêmio é o espaço de representação dos alunos na escola, configurando-se como instrumento destes para a materialização de seus desejos e expressão de suas reivindicações.Aprender com a práticaA experiência democrática inerente ao processo de formação e consolidação dos grêmios é também um importante processo pedagógico. Afinal, os alunos vivenciam no período de eleição a construção de uma chapa, constroem coletivamente planos de governo, pautados nos anseios deles próprios e dos demais estudantes; participam do pleito eleitoral e, posteriormente, gerenciam o grêmio. Ou, caso não sejam os vencedores ou sejam alunos que não participaram da disputa eleitoral, colaboram com os eleitos, cobrando-os ou construindo com eles a gestão estudantil. Claramente, as vantagens extraídas de uma experiência democrática representativa na escola são muitas, ainda mais se os frutos a serem colhidos forem considerados também no longo prazo. Em primeiro lugar, porque os jovens, logo no momento em que começam a consolidar sua identidade como cidadãos, iniciam sua vida política como sujeitos de um processo coletivo de escolha e tomada de decisão. Em alguns casos ainda têm a incumbência de gerir uma associação representativa. Em segundo lugar, a participação no grêmio estudantil é um intenso processo pedagógico de negociação, questionamento e empreendedorismo, elementos centrais no amadurecimento individual e profissional dos estudantes, queiram eles optar pela carreira pública ou não.Um outro aspecto importante é o fato da participação no grêmio incitar os jovens a exercerem e dominarem atividades formais, geralmente administrativas e notadamente imprescindíveis ao encaminhamento bem-sucedido de seus projetos de vida. Elaborar o estatuto e o regimento interno, fazer as atas das reuniões, controlar e preencher o livro-caixa, responder cartas, buscar parceiros e financiadores, escrever jornais, convocar e organizar assembléias, fazer balanços, negociar com a direção da escola, escrever e viabilizar projetos e empreendimentos diversos, debater publicamente etc. Tudo isso desenvolve inúmeros conhecimentos e capacidades essenciais na vida, tanto juvenil como adulta, permitindo ao estudante um desenho plausível de um futuro desejado e exeqüível, em que o sonho está pautado numa sólida análise da realidade que ele terá que enfrentar.Ação políticaComo o grêmio estudantil é uma instituição política, representativa e democrática dentro da escola, sua atuação tende a tornar a unidade escolar um espaço público amplo e difusor de politização, inclusive à comunidade do entorno. Isso ocorre porque a ação política, por definição, é preeminente e a partir do momento em que ela é disparada, logo uma outra a sucede, criando um caminho sem volta de onde emergem conflitos, propostas, discursos, mas essencialmente negociação e experiência coletiva.Como uma ação política gera outra, necessariamente, no momento em que os jovens optam pela participação nos grêmios, naturalmente iniciam suas atividades reivindicando por melhorias no espaço físico da escola etc. Mas com o decorrer do tempo, logo passam a discutir temas de grande abrangência pública como projeto político-pedagógico, programas de cultura e lazer às juventudes presentes na unidade escolar, políticas de emprego, política educacional (com especial atenção ao acesso à universidade), violência, entre outros. Depois de acesa e alimentada, a chama da participação domina o espírito dos estudantes e os encoraja ao exercício da cidadania. Com o tempo, eles ocupam todas as instituições da escola (Conselho Escolar e Associação de Pais e Mestres), chegando muitas vezes a liderá-las, além de atuar em outras organizações externas ao ambiente escolar, superando em alguns casos as fronteiras comunitárias.Infelizmente, não são todos os grêmios que alcançam plenamente esses resultados. Em parte isso ocorre pelos próprios limites da cidadania e da cultura cívica democrática no Brasil. Mesmo sendo a escola algo nada novo, trabalhar em seu território, aproveitar as suas potencialidades e superar seus obstáculos, a torna um espaço propício para o semear de perspectivas e colheita de soluções.
Fonte de Pesquisa:http://www.mundojovem.pucrs.br/subsidios-gremio_estudantil.php

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Atividade extra para TODOS ALUNOS: resumir e comentar este artigo

Artigo: Uma nova política para uma nova geração, por Gabriel Medina

As novas formas de manifestação e mobilização ocorrem porque os jovens já não se vêem representados em instâncias políticas excessivamente institucionalizadas e burocratizadas, por isso buscam a participação direta em movimentos políticos mais abertos e arejados. Não se trata de recusar a política, mas de afrontá-la para que ela se transforme.
“Se não nos deixarem sonhar, não os deixaremos dormir”Faixa nas Manifestações da Espanha
“Chega de realizações, queremos idéias”Pixação nas Manifestações do Chile
Na contramão daqueles que anunciaram o fim da história e a extinção das ideologias, os acontecimentos recentes têm posto em xeque o neoliberalismo financeiro e o imperialismo norte-americano. A crise atual, de forma direta ou indireta, tem patrocinado a ocupação das ruas de todo o mundo, como deixam evidente a primavera árabe, o verão europeu, as manifestações da juventude chilena e o recente movimento Ocupando Wall Street.
As motivações para essas manifestações são as mais diversas, vão desde protestos por liberdades políticas em regimes ditatoriais até reivindicações por ampliação de direitos em regimes democráticos, passando por manifestações contra os lucros e ganhos exorbitantes das grandes corporações e bancos. Apesar dessa variedade de motivos há pelos menos dois pontos em comum entre essas insurgências: a presença central da juventude e utilização constante de canais virtuais.
Nos últimos anos, uma série de análises – a direita e a esquerda – não cansaram de apontar uma suposta alienação dos jovens. É bem verdade que a juventude da passagem do século XX ao XXI não empunhou ideais revolucionários, utópicos e socialistas como aquela geração dos anos 1950 aos 1970. No entanto, isso não significa que essa nova geração seja completamente despolitizada ou que não tenha desejos de mudança, a questão é que ela manifesta seus anseios a partir de uma gramática política diferente: os jovens desse início de século XXI acreditam na política, mas não crêem em partidos; reconhecem a importância da coletividade, mas almejam crescer individualmente; buscam transformações, mas são pouco afeitos a rupturas; anseiam por novas idéias, mas são também pragmáticos.
Essas expectativas ambivalentes têm se convertido em novos caminhos de ação política: algumas formas de contestação vieram à tona, animadas pelas novas tecnologias e pelas novas redes de interconexões.
A nova linguagem para se compreender o poder e o novo método de se fazer a política repousam sobre alguns elementos fundamentais: a cultura digital e a participação não-hierárquica e não-segmentada. Daí o gosto por causas que sejam amplas e que contestem a política tradicional: como a defesa do meio-ambiente e da diversidade ou o ataque contra a corrupção e os ganhos exagerados de empresas, tudo sempre regado à defesa da ampliação da liberdade na internet e à ampliação de formas democráticas mais radicais e participativas.
Além disso, as novas formas de manifestação e mobilização da juventude, de alguma maneira, revelam a perda de prestígio das organizações tradicionais como partidos e sindicatos. Entretanto, é preciso ler nas entrelinhas: as movimentações não-partidárias ocorrem não porque há uma descrença na política, e sim porque há um maior interesse na política. As agitações ocorrem porque os jovens já não se vêem representados em instâncias políticas excessivamente institucionalizadas e burocratizadas, por isso buscam a participação direta em movimentos políticos mais abertos e arejados. Não se trata de recusar a política, mas de afrontá-la para que ela se transforme.
Sendo assim, as tradicionais organizações partidárias e os novos movimentos não-partidários não devem ser encarados de forma antagônica, mas de modo complementar. Por um lado, se esses novos movimentos não dialogarem com programas políticos capazes de implementar mudanças reais, eles tendem ao esvaziamento. Por outro lado, se os partidos não interagirem com esses novos ideais de transformação eles tendem à obsolescência.
A ausência de canais entre os movimentos e os partidos serve para a resistência daqueles e para a conservação desses, mas não contribui para a construção coletiva de alternativas. É fundamental que os partidos socialistas e de esquerda se empenhem e colaborem na construção de uma nova política para uma nova geração.
Gabriel Medina é Presidente do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) e militante do Movimento Música para Baixar.
Sementes do Amanhã
Erasmo Carlos

Ontem o menino que brincava me falou[...]
Para não ter medo que esse tempo vai passar
Não se desespere não, nem pare de sonhar[...]
Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo
Nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será!

Cada dia deve ser melhor que o anterior, não se satisfaça com o pouco que lhe oferecem gratuitamente...
A conquista pela luta é o que traz mais bem e paz!
É melhor sonhar e viver do que acomodar e entregar os pontos...
SEJA UM LUTADOR!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

EU SÓ PEÇO A DEUS
Leon Gieco

Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria
Eu só peço a Deus
Que a injustiça não me seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucada brutalmente
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda fome e inocência dessa gente
Eu só peço a Deus
Que a mentira não me seja indiferente
SE UM SÓ TRAIDOR
TEM MAIS PODER QUE UM POVO
QUE ESTE POVO NÃO ESQUEÇA FACILMENTE
Eu só peço a DeusQUE O FUTURO NÃO ME SEJA INDIFERENTE
Sem ter que fugir desenganado
Pra viver uma cultura diferente

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Cidadania é...

O cidadão
nasce grandão!
Cada um de nós
Em pequens gestos
Do dia a dia
Pde semear
A cidadania.

Cidadania é quando...
Eu colaboro
Faço minha parte
Sozinho, sou pouco
Junto com os outros
Eu sou mais forte
Sou mais feliz!

Faça sua parte: faça melhor tudo o que fizer!
Desde a manhã até o anoitecer...
Paz e bem, força e união, sinceridade e perdão.

domingo, 2 de outubro de 2011

O que vale mais que a moralidade

O Estado comete atitudes totalmente arbitrárias! Vejam bem: teve a indecência de não negociar com a categoria em greve por 112 dias, cortar nosso salário, colocar substitutos de qualquer tipo (inclusive sem moralidade com a própria profissão e categoria) e o PIOR : manter esses substitutos A TOA na escola junto conosco! É uma imoralidade sem tamanho!!!

"PENSAR É TRANSGREDIR Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos. Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido. (grifo meu)Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.”
Lya Luft

O apanhador de desperdícios - Manoel de Barros

Uso a palavra para compor meus silêncios
Não gosto das palavras
fatigadas de informar,
dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
Eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

Manoel de Barros inventa para as palavras novos relacionamentos, novas formas, novas expressões... não tem intenções didáticas nem moralizantes.
A palavra, como ele diz, ou a linguagem pode ser usada para informar, para formar ou ainda para divertir, emocionar, transformar! PENSE COMO TEM USADO SUAS PALAVRAS! Elas podem fazer viver ou morrer...

Trabalho 3ano Elaboração de antologia poética

Em grupo de 5 alunos :
Pesquisar autores da primeira e segunda fase do Modernismo;
Selecionar 5 textos de um poeta e escrever uma apresentação que explique a importância desse autor no contexto do Modernismo;
Inserir resumo biográfico do poeta escolhido.