quinta-feira, 28 de junho de 2012

Reportagem televisiva - a TV que você não vê

Atualmente vivemos cercados de informação, seja por meio da televisão, rádio, internet, entre outros. Recebemos informações através de notícias, reportagens e propagandas sobre diferentes assuntos e por diversos veículos/suportes, como outdoors, revistas, programas de variedades, jornais, celulares ou tablets conectados a internet, entre outros. Devemos ter uma postura crítica diante de tantas informações que recebemos e principalmente devemos buscar mais de um veículo de informação para formar nossa opinião.
A seguir veremos um mesmo fato tratado de diferentes posturas de acordo com a ideologia de cada emissora de televisão: Globo, SBT e Record.

1º vídeo: Título: José Serra é agredido em campanha no Rio de Janeiro


Descrição: Jornal Nacional - 20/10/2010

O candidato do PSDB visitou a Zona Oeste do Rio de Janeiro, acompanhado de políticos e correligionários. A confusão começou durante uma caminhada pelo calçadão do bairro de Campo Grande.




Disponível em: Acesso em: 16/04/2012.


Após assistirem ao vídeo indicado, forme grupos de 3 ou 4 alunos e discutam as questões abaixo. Anotem as respostas para apresentarem para os outros grupos.



1) Na reportagem apresentada, a linguagem utilizada é formal ou informal? Expliquem essa escolha.



2) Qual é o assunto abordado nesta reportagem?



3) Observando a reportagem, podemos afirmar que ela é direcionada a um determinado público, seu conteúdo é de cunho político, tem um suposto interlocutor? Quais seriam esses interlocutores?



4) Há uma manchete para esta reportagem, a manchete já deixa claro qual será o assunto tratado? Transcrevam a manchete e explique o efeito de sentido do uso das palavras: “interrompida”, “agredido”, “militantes petistas” e “tucanos”.



5) O vídeo assistido é uma reportagem televisiva e tem todo um universo de características próprias do gênero. O que vocês podem observar na construção desta reportagem?


6) Quais recursos jornalísticos foram utilizados?


7) Quem são os entrevistados e quais os seus papéis sociais? Tais escolhas trouxeram alguma credibilidade as informações? De que forma os discursos dos entrevistados contribuem para retratarem as informações?


8) Qual é o veículo de circulação desta reportagem?

9) Há imagens sobre o fato? Sistematizem para apresentarem a turma o que puderam perceber com base nessas imagens.

10) Transcrevam dois discursos desta reportagem, e expliquem os elementos linguísticos que ajudaram a contribuir para a representação dos fatos.
 
 
2º vídeo: Título: José Serra Finge Agressão – Rede Globo – JN – Record News


Descrição: Agressão de Serra vista por outra emissora de televisão.

Disponível em: . Acesso em: 16/04/2012.





 
1) Comparando os dois vídeos, percebemos que ambos tratam do mesmo assunto, há diferença de opiniões? Expliquem sua resposta. (Professor, na apresentação desta atividade, deve-se sistematizar os fatos apresentados pelos grupos, dividindo as percepções dos 2 vídeos no quadro negro).




2) O veículo de circulação desta reportagem é o mesmo que da anterior? Expliquem qual é este veículo?



3) No vídeo acima qual é a linguagem utilizada, formal ou informal? O suporte e o interlocutor influenciaram nessa escolha? De que maneira?



4) A manchete desta reportagem também deixa claro o assunto tratado? Expliquem transcrevendo e comentando a chamada.



5) O vídeo assistido também é uma reportagem televisiva, ela possui a mesma estrutura da anterior. Expliquem suas diferenças. (Professor, nesta atividade o aluno deve perceber e apresentar os recursos como: entrevistas, recortes de imagens, vídeos, seleção dos entrevistados, os temas, a utilização de argumentos de autoridade por meio de diversas vozes sociais, entre outros.)



6) Quem são os entrevistados e quais os papéis sociais deles? Tal escolha influencia na argumentação apresentada e na credibilidade dos fatos?



7) Há imagens nesta reportagem? São as mesmas utilizadas no vídeo anterior? Sistematizem as informações contidas nas imagens para apresentarem a turma.



8) Transcrevam dois discursos desta reportagem, e expliquem os elementos linguísticos que contribuiram para a representação dos fatos? (Professor, nesta questão espera-se que o aluno observe e explique o efeito de sentido na escolha de determinadas palavras, como as ironias, as expressões modalizadoras, os adjetivos etc. Observe o exemplo: continua andando “normalmente”, a utilização do advérbio “normalmente” causa qual efeito de sentido nesta frase?)


3º vídeo:
Título: José Serra agredido durante campanha.



Descrição: O vídeo mostra agressão sofrida por José Serra em campanha


http://www.youtube.com/watch?v=LwzC9vZ8-z8&feature=youtu.be

1) Assistindo aos três vídeos, percebemos que o jornalismo nem sempre consegue ser neutro e imparcial, assim, refletem diferentes opiniões. Ou seja, nenhum discurso é neutro, ele vem sempre carregado de ideologia. Portanto, ao expor uma notícia ou reportagem você acaba escolhendo e expondo as informações, influenciado também por uma opinião, seja a da emissora, do repórter ou do editor do jornal. Considerando os três vídeos, qual é mais próximo da imparcialidade? Explique justificando sua escolha.



2) Agora é hora de saber um pouco mais sobre esse fato, além destas reportagens televisivas, pesquisem quais outros meios utilizados para transmitir esta notícia. Apresentem aos outros grupos um breve resumo do que trouxeram. Lembrem-se de pesquisar nas redes sociais.



3) Em seguida, elaborem uma entrevista entre o seu grupo sobre as informações encontradas.







sexta-feira, 22 de junho de 2012

Lutar com palavras

Muitos acreditam que falamos demais e fazemos de menos, mas as palavras tem o poder de provocar atitudes, mudanças. Se isso não acontece talvez seja devido a falta de exemplos.
Hoje li o que um aluno escreveu no facebook (Luan Amorim). Logo veio a inspiração, ele disse: "Eu seria a pessoa mais feliz do mundo , se os planos que eu faço antes de dormir se tornassem reais ."
Sonhamos tanto, queremos tanto, mas fazemos pouco.
Talvez seja porque esquecemos que nós mesmos temos a capacidade de realizar nossos sonhos, talvez não exatamente como gostaríamos mas pelo menos dar o ponta pé inicial que irá engatilhar uma rede de colaboração e realização. Assim como no filme "Corrente do bem" em que um menino deseja realizar uma tarefa escolar em que deveria pensar em algo que mudasse o mundo, ele escolheu fazer o bem e pedir que partilhassem isso com os outros. E deu certo.
Atitudes simples podem mudar a vida e a rotina das pessoas, exatamente onde pensamos que não é possível mas necessário, aí está o combustível para a realização de um sonho que muitas vezes vira pó pela desistência ou pela comodidade.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Caríssimos, vamos MOBILIZAR !!!

Grêmios estudantis são entidades em que os estudantes desempenham uma atividade política, a qual denominamos de movimento estudantil – lugar onde todos exercem sua cidadania, ou seja: lutam por uma maior e melhor relação entre alunos e professores, bem como buscam uma formação escolar voltada para a realidade do país.




Em 1968 a ditadura militar proibiu a criação e funcionamnto dos grêmios estudantis como força representativa dos discentes em suas respectivas escolas. No lugar dos grêmios foram instituídos os centros cívicos que não tinham autonomia e não podiam realizar atividades de natureza política, numa concepção alienada de que escola era lugar para estudar e não para fazer política. Os estudantes participaram dos centros cívicos, mas sempre lutaram pela volta dos grêmios estudantis livres.



Com a abertura política e o retorno à normalidade da vida cívil, em 04 de novembro de 1985, é sancionada a Lei 7.398 (Lei do Grêmio Livre), de iniciativa do então deputado Aldo Arantes e reinvidicada pela UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Esta lei redemocratizou as entidades de representação estudantil no âmbito da educação básica, possibilitando novamente aos secundaristas, o direito de se organizarem de forma autônoma através de grêmios estudantis. Esta conquista, também está ratificada no artigo 53 da Lei 8.069, de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê o direito da criança e do adolescente à livre organização e participação em entidades estudantis.



Os grêmios devem realizar atividades de naturezas: esportiva; cultural, educacional; social, como também atividades políticas com vistas à organização e conscientização dos estudantes e envolvimento dos mesmos em reivindicações do nosso dia-a-dia, pois o grêmio se reveste em imprescindível mecanismo de unificação, união e luta de todo o movimento estudantil secundarista.. Assim, o grêmio colabora para a formação de um jovem cidadão mais crítico, participativo, condutor e sujeito de sua própria história.



Comunidade Escolar: O grêmio estudantil integra a comunidade escolar. Implica dizer que o mesmo participa de toda uma rede de atores; peculiares ao cotidiano da vida da escola. Instituições como conselho escolar e associação de pais e mestres contribuem cada uma a seu modo, no crescimento e desenvolvimento da comunidade, numa visão de autonomia e gestão democrática do ensino.







Saiba Mais:



· Somente alunos matriculados na escola podem integrar os grêmios estudantis;



· Antes de criar um grêmio, é importante formar uma comissão pró-grêmio estudantil, cuja função será organizar a futura entidade e demonstrar aos alunos a necessidade dessa representação;



· Todo grêmio deve ter um estatuto: instrumento facilitador e agregador que incentive a participação dos integrantes. Deve ser um alicerce legal, que defina objetivos e finalidades, a estrutura adminsitrativa e as competências, além de normalizar as funções;



· É preciso planejamento, com reuniões periódicas e ocasionais. É recomendável fazer uma pauta para colocar em ordem os assuntos a serem discutidos;



· A assembléia geral não pode ser feita em horários que impliquem perda de aulas. As assembléias devem ser curtas, dando a todos os estudantes a oportunidade de se manifestarem;



· O grêmio estudantil é independente da administração escolar. Podem ser feitos projetos em comum com a escola, porém, sem interferências. O grêmio também deve se manter distante de partidos políticos, respeitando a pluralidade ideológica de cada estudante;



· Todas as verbas obtidas pelo grêmio devem ser usadas na sua manutenção, não podendo haver remuneração para nenhum integrante.







Wilson Colares da Costa



Licenciado em ciências sociais, professor de sociologia e



autor do livro Grêmio Livre: história e diretrizes – Teófilo Otoni/MG.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Luta pela valorização profissional dos educadores

8 de junho: 1 ano de uma histórica resistência




Há um ano, era deflagrada a maior greve dos/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais da história, em tempo e mobilização









8 de junho de 2011. Essa data ficou na memória de todos/as os/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais, pois, há exatamente um ano era deflagrada em todo o Estado a maior greve dos profissionais do ensino público em termos de tempo, número, disposição para luta e resistência.





Uma greve histórica, que durou exatamente 112 dias, vindo a encerrar-se no dia 28 de setembro do mesmo ano, após um acordo com o Governo do Estado (que não foi cumprido pelo mesmo).





Uma greve que mobilizou não só os educadores, mas de toda a classe trabalhadora que luta por um salário digno e valorização da carreira e da profissão frente ao implacável patrão, o Governo. E que reivindicava seu mais legítimo direito: o cumprimento da Lei Federal nº 11.738/2008, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN).





E foi justamente pela negligência e descaso do Governo de Minas, que julga ser possível uma educação de qualidade ao pagar como piso ao educador R$ 369,00, não valorizar a carreira e deixar as escolas sem nenhum investimento, que a categoria resolveu se unir e dizer “basta”.





Foi no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que, no dia 31 de maio de 2011, em Assembleia Estadual, trabalhadores/as em educação decidiram iniciar a greve por tempo indeterminado em todo o Estado a partir de 8 de junho.





Um movimento extremamente significativo do ponto de vista da unidade e do fortalecimento dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. Conquistamos o apoio de vários segmentos de trabalhadores.





Conseguimos furar o ‘bloqueio’ da mídia, que foi forçada a mostrar a greve da educação, coordenada pelo Sind-UTE/MG, estando presente nos noticiários, apesar da força do Governo. Tivemos, mais do que nunca, êxito em nossas manifestações e mobilizações, como os atos na Cidade Administrativa, na Praça Sete (que parou a cidade, para que fôssemos ouvidos), nas rodovias estaduais e federais (MG-010, BR-381), e em cidades históricas como Mariana e Tiradentes.





Nossa persistência ultrapassou as montanhas, e fomos até Brasília por diversas vezes buscar a interlocução dos agentes políticos. E, eles também, ao estar em BH, receberam o Sind-UTE/MG.





Decidimos em assembleia pela suspensão da greve no dia 28 de setembro de 2011, mediante acordo do Governo que não cumpriu o assinado, ou seja, pagar o Piso como vencimento básico e na carreira. Pelo contrário, ele implantou um novo modelo de subsídio que congelou a carreira e achatou o salário da categoria. Ainda assim, nosso exemplo de unidade, mobilização e força permanece.





Queremos, junto com a população e com vocês alunos e alunas:

•levantar nossa voz e, de forma pacífica, mas decidida;

•cobrar do Governo, mais uma vez, e quantas forem necessárias, que nosso direito está posto por meio de lei federal que institui o Piso Nacional



Estamos nos mobilizando de novo e na mesma intensidade para valer nossos direitos, na certeza de que, os apoios ao nosso movimento irão crescer paralelamente à indignação das pessoas ao serem informadas da dura realidade da educação mineira.





CONTINUAMOS RESISTINDO E LUTANDO POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA DE QUALIDADE, PELA CONQUISTA DO PISO SALARIAL E PELA CARREIRA