Emprego
do hífen com prefixos.
Regra básica - Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.
Outros
casos:
1. Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
Sem hífen diante de r e s.
Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
1. Prefixo terminado em vogal: Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
Sem hífen diante de r e s.
Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.
2.
Prefixo terminado em consoante:
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações:
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc.
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc.
Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2.
Com os prefixos circum e pan, usa-se
o hífen diante de palavra iniciada por m, n
e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
3.
O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento,
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação,
coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4.
Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei,
vice-almirante etc.
5.
Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
a noção de composição, como girassol, madressilva,
mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6.
Com os prefixos ex, sem, além,
aquém, recém, pós,
pré, pró, usa-se sempre
o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar,
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular,
pró-europeu.
Fonte:
Guia Prático da Nova Ortografia - Douglas Tufano
Editora Melhoramentos - Agosto de 2008
Editora Melhoramentos - Agosto de 2008
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 pretende instituir uma ortografia oficial unificada para a língua portuguesa, com o objetivo explícito de pôr fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes, uma no Brasil e outra nos restantes países de língua oficial portuguesa, contribuindo assim, nos termos do preâmbulo do Acordo, para aumentar o prestígio internacional do português. Na prática, o acordo estabelece uma unidade ortográfica de 98% das palavras, contra cerca de 96% na situação anterior.
É dado como exemplo motivador pelos proponentes do Acordo3 o castelhano, que apresenta diferenças, quer na pronúncia quer no vocabulário entre a Espanha e a América Hispânica, mas está sujeito a uma só forma de escrita, regulada pela Associação de Academias da Língua Espanhola. Por outro lado, os oponentes têm apontado o facto de a ortografia da língua inglesa apresentar variantes nos diversos países anglófonos, sem que a ortografia inglesa tenha sido objeto de regulação estatal legislada.
A adoção da nova ortografia, de acordo com o Anexo II do Acordo — a Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 19904 — que se baseia numa lista de 110 mil lemas da Academia das Ciências de Lisboa,5 acarreta alterações na grafia de cerca de 1,6% do total de palavras (lemas) na norma em vigor em Portugal, PALOP, Timor-Leste e Região Administrativa Especial de Macau e na grafia de cerca de 0,5% do total de palavras (lemas) na brasileira.6 Mas, de acordo com o vocabulário7 elaborado em 2008 pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (Lisboa) a partir da base de dados linguísticos MorDebe8 com 135 mil lemas, a percentagem de lemas afetados — ou seja, palavras simples não flexionadas que constituem entradas num dicionário ou vocabulário — ascende a quase 4% na norma europeia.9 Este número inclui tanto as palavras que apresentam modificações efetivas na grafia, como as que passam a ser variantes legalmente válidas em toda a CPLP.
O teor substantivo e o valor jurídico do tratado não suscitaram consenso entre linguistas, filólogos, académicos, jornalistas, escritores, tradutores e personalidades dos setores artístico, universitário, político e empresarial das sociedades dos vários países de língua portuguesa. Na verdade, a sua aplicação tem motivado discordância por motivos técnicos, havendo quem aponte lacunas, erros e ambiguidades no texto do Acordo ou simplesmente conteste a adequação ou necessidade de determinadas opções ortográficas, como a introdução de facultatividades (i.e., possibilidade da mesma palavra ter mais do que uma grafia permitida) em vários domínios da ortografia (acentuação, maiusculação e "consoantes mudas"), a supressão das chamadas "consoantes mudas" (i.e., as que não se pronunciam), as novas regras de hifenização, a supressão do acento diferencial em diversas palavras e a supressão do trema.
Também tem havido contestação ao Acordo com fundamentos políticos, económicos e jurídicos, havendo mesmo quem tenha afirmado, em Portugal, a inconstitucionalidade do tratado.10 11 Outros ainda afirmaram que o Acordo Ortográfico serve, acima de tudo, a interesses geopolíticos e económicos do Brasil.12 13 O certo é que o Art.º 9.º (Tarefas Fundamentais do Estado) da Constituição da República Portuguesa refere expressamente o uso e difusão internacional da língua portuguesa, mas não se conhece nenhum parecer autorizado sobre a inconstitucionalidade do teor das bases ortográficas do Acordo de 1990.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_Ortogr%C3%A1fico_de_1990)
Lembrando que existe a concepção de linguagem padrão, culta e coloquial, popular. A língua é viva, portanto sempre em mudança. Há também divergências quanto à adoção dessa ortografia e resistência em utilizá-la. Assim como há os diferentes dialetos e variedades linguísticas, essa ortografia será ou não adotada conforme o meio em que for utilizada.