sábado, 24 de setembro de 2011

Clamando por humanidade...

Mas o que é um SER HUMANO? Li, em algum lugar, que “ser humano também é um dever”. Não se nasce completamente humano. Nascemos com a potencialidade de vir a sermos humanos e para chegarmos a sê-lo completamente, é necessário, no contato com outros humanos, aprendermos a humanização. Certamente há inúmeros atributos que podem ajudar uma pessoa a cumprir o dever moral de SER HUMANO. Mas, inegavelmente, a SOLIDARIEDADE se encontra entre os mais importantes valores para a humanização.Desconheço como os dicionários definem a solidariedade, mas entendo que se é solidário quando um ser humano se deixa tocar pela condição do outro. Penso, por conseguinte, que o avesso da solidariedade está em seguir adiante, como se nada estivesse acontecendo, por exemplo, quando companheiros de profissão fazem GREVE de FOME, na tentativa última e desesperada de fazer escutar aqueles que não querem sequer ouvir.Que certas autoridades, equivocadamente chamadas de representantes do povo, não se sensibilizem com MARILDA e ABDON na ALMG, em GREVE de FOME, eu, mesmo indignada, posso até entender. Por tudo que tenho visto, não esperava que fosse diferente. Mas como compreender que PROFESSORES entrem na sala de aula, sigam a rotina escolar, assistam cabisbaixos a pessoas – sem nenhuma formação e muito menos convicção – assumirem as aulas dos profissionais que estão na luta como se fossem cargos vagos? Como compreender essa ausência total de sensibilidade e solidariedade?Não, não é o conformismo que faz a história, menos ainda o medo e a covardia. Não é a indiferença que nos faz HUMANOS. E a GREVE já é mais que um lugar. É um CHAMADO PARA A VIDA. Qualquer que seja a condição individual de cada educador, nesse momento em que nossa luta chegou, não nos cabe nenhuma atitude HUMANA, que não seja a de nos solidarizarmos com MARILDA E ABDON. As autoridades podem fingir que não estão vendo. Os profissionais da educação NÃO podem. Há um grupo de pessoas em sofrimento e sacrifício pelo direito do coletivo. É chegada a hora de cada um colocar a mão na consciência e gritar NÃO à arrogância e intransigência desse DESGOVERNO. Com a força que somente os excluídos conhecem, que a sociedade mineira ouça nosso GRITO de protesto contra uma vida humilhada, uma carreira destruída, uma profissão completamente desvalorizada! MARILDA E ABDON SOMOS TODOS NÓS.Lucia Elena Pereira Franco Brito, Professora de História.

Um comentário:

disse...

Li seu comentário no meu blog e tenho já resposta. Ontem estive na escola para tentar impedir uma designação e fiquei sabendo que os designados estão fechando já a segunda etapa. Portanto, dando atividades avaliativas e tudo mais com registro, só que lá em diário separo (especial)... eles devem estar pensando que depois vão lançar ou colocaram os grevistas para lançar no diário oficial. O sindicato tem focar neste tipo de ocorrência, que é mais grave e essecial do que o silêncio das subsedes aqui em BH.