segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estropiado, estropiada...
Meu pai falava assim quando a pressão era grande e a burocracia inimaginável.
E a cada dia se burocratiza mais e mais o dia-a-dia do pobre cidadão.
Onde se vai existe fila, registro, etc.
A ideia de se produzir cultura torna-se penosa e exaustiva.
E quando a gente exaure, zera tudo e inicia devagar, coisa pós coisa, dia atrás de dia.
Eu vou em frente convicta, cheia da certeza do que tenho a dizer, a narrar.
Só a obra do meu pai é carga para o resto da minha vida.
Fazer valer este acervo que é de valor inimaginável. A pulsação das Minas se fazendo moderna ao abrir o seio barroco, mineiro, cheio de mineirice.
Do barro ao concreto, do simples ao rebuscado. Uma mistura própria, uma linguagem única. O louco de ser singelo e belíssimo, natural e promíscuo, de cores, de formas, de conteúdo.
Ser Minas, ser rico de ideias, valores, expressão, revelações...
Ei, Minas...
Êta, pai... Ei, mãe... Memória de vocês, riqueza de Minas.
Nas minhas mãos, nos meus pensamentos, nos meus guardados.
Não é o mapa do tesouro mas sim todo este valor a ser revelado, descoberto...
Marcos Mazzoni, minha missão, minha riqueza, meu tesouro. Acervo de Minas, guarda na sua profusão o singelo da arte pura, cheia da cor, do cheiro, do fazer dos mineiros.
Estropiada, às vezes; convicta sempre.
(Texto de Marina Mazzoni)

Que tal sair da burocracia fútil das escolas, companheiros, lutar por salário digno e respeito às leis... Educação não se faz somente em sala de aula. De que adianta reclamar se não cumprimos nosso papel na luta por melhores condições, nisto inclui-se dignidade, moral, legalidade. Algo que nosso governo mineiro não tem respeitado, o que se comprova por sua análise da manifestação em Diamantina em que ele disse não ver efeito prático em tal ato. Não deve perceber também o efeito moral que deveria receber com essa atitude dos educadores. Falta MORALIDADE, LEGALIDADE, RESPEITO por parte deste governo! Quem sabe um bota-fora resolva este impasse...

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