Espantosamente, a prática política do PSDB de Anastasia/Aécio Neves,
em Minas Gerais, sempre foi de truculência total com os movimentos
sociais e com os sindicatos. Por conta da política truculenta desses
senhores aliados da burguesia, houve a maior greve da educação do estado
de Minas Gerais, em 2012, ou seja, 112 dias de greve. A greve foi
dirigida pelo Sindute, Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação.
Por conta dessa greve, que ganhou destaque na imprensa nacional, os
tucanos tiveram um pouco de suas imagens arranhadas. Eles pintavam Minas
Gerais como o Estado que possuía a Educação mais avançada do país e, de
repente, os educadores se rebelaram quatro meses contra esse suposto
paraíso. Como assim? Estariam loucos esses educadores? Ou haveria algo
de podre no paraíso de Anastasia/Aécio Neves?
O Sindute organizou a greve de enfrentamento a essa governo. A
direção majoritária do sindicato, o movimento de oposição, milhares de
trabalhadores em educação, movimentos sociais, todos juntos marcharam em
unidade por várias semanas em Belo Horizonte contra a política de
Anastasia e Aécio Neves. Os políticos do PSDB odiaram e odeiam o Sindute
por isso. E agora, em novembro de 2012, marcada a eleição da nova
diretoria do Sindute, o governo tucano quer proibir a nossa liberdade de
organização sindical, impedindo que as urnas entrem no interior das
escolas. Ora, instalar urnas no interior das escolas sempre foi uma
prática comum e bastante tranquila de nosso sindicato, em todas as
eleições que já ocorreram em nossa história. Portanto, o ofício da
Secretária da Educação, proibindo a entrada de urnas no interior das
escolas, deve ser lido e entendido como uma afronta a todo o movimento sindical do país. Um atentado contra a liberdade sindical.
O governo do PSDB está usando a desculpa de que haverá a prova do
PROEB, na mesma semana da eleição do Sindute, e que a eleição do nosso
sindicato iria tirar a paz do interior das unidades escolares. Mentira.
Uma urna sindical, no interior das escolas, para que os Trabalhadores em
Educação, filiados ao Sindute, votem, conscientemente, em seus
dirigentes sindicais, não tira nenhuma paz e nenhuma tranquilidade de
quem quer que esteja no interior das mesmas.
Na verdade, o Sindute somente tira a paz do governo do PSDB, Antônio
Anastasia e Aécio Neves, porque esse governo sabe que os trabalhadores
em educação, filiados ao Sindute, não cessarão sua luta enquanto não
virem esse governo autoritário e truculento, do PSDB, fora da gestão de
nosso Estado. Com efeito, este governo sequer possui um verdadeiro
projeto para fazer avançar a qualidade da escola pública em Minas
Gerais. Com profissionais sem plano de carreira, sem o pagamento do Piso
Salarial Nacional, sem nenhuma política de incentivo à formação
continuada, com salários congelados até 2016, com salas superlotadas,
com a falta de funcionários no interior das escolas, com pressão
psicológica diária sobre os trabalhadores, fica difícil para o governo
continuar vendendo a imagem de que Minas Avança também na Educação.
Não existe uma motivação real para que se melhore a educação em Minas
Gerais, há apenas uma política de pressão psicológica sobre os
educadores. E todos sabem ou deveriam saber: a educação só é de verdade
se for libertadora, logo, não pode surgir de decretos e de pressões
burocráticas. A educação de verdade só surge de educadores apaixonados
pela libertação da humanidade e é isso que pode contagiar os jovens
estudantes. O PSDB, contudo, anda na contramão de todo processo
educativo libertador. O PSDB não contagia nenhum trabalhador em educação
com sua política educacional truculenta e mal remunerada.
No fundo, o PSDB odeia os sindicalistas, porque odeia a classe
trabalhadora organizada. E por que odeia a classe trabalhadora
organizada? Porque odeia a possibilidade de libertação da classe
trabalhadora, já que são agentes da burguesia. E quem odeia a liberdade
da classe trabalhadora, odeia também a escola pública, pois ali estão
jovens, filhos de trabalhadores, que precisam ser educados para serem
libertos de todo atraso, toda exploração, toda opressão e todo
obscurantismo.
Nesse sentido, o PROEB, reivindicado pelo PSDB, para proibir a
eleição do Sindute no interior das escolas, é uma prova burocrática que
não ajuda em nada a libertação necessária dos filhos da classe
trabalhadora que estudam na escola pública. O PROEB serve apenas para
governantes fingirem que estão preocupados com a educação. Via PROEB,
aumentam-se as estatísticas educacionais burguesas, se os estudantes
acertarem um índice maior das questões de Português e Matemática, mas,
via PROEB, não se educam os jovens para serem trabalhadores críticos nas
futuras empresas capitalistas em que exercerão suas profissões. É um
projeto de educação burguesa que serve apenas para
instrumentalizar-reproduzir, via leitura básica e cálculos básicos, mão
de obra barata para reproduzir o sistema capitalista. Não é um projeto
libertador.
É por isso que todos trabalhadores em educação devem rechaçar essa
política falaciosa e truculenta do governador Anastasia/Aécio Neves e
comparecerem em massa para eleger a nova gestão do Sindute. Entre o
PROEB e o Sindute, o sindicato é quem poderá ajudar a promover
transformações reais e profundas na qualidade da escola pública.
Portanto, todos os lutadores devem apoiar o Sindute e ajudar a denunciar
a truculência de Anastasia e Aécio Neves, proibindo a eleição da
diretoria do nosso sindicato.
Em 2014, o PSDB vai querer se candidatar à Presidência do Brasil e se
tal partido ganha a direção do país, esta é uma pequena cena do filme
de terror que nos espera: truculência, perseguição ao movimento social,
criminalização dos sindicatos, etc. Suas práticas políticas burguesas
estão se tornando cada vez mais próximas de práticas políticas
ditatoriais. Até a democracia burguesa corre perigo na mão dessa gente,
pois não toleram conviver com o divergente que tem cheiro de classe
operária organizada! Denunciem! Compartilhem essa denúncia! Todos
defendendo o Sindute!
http://socialistalivre.wordpress.com/2012/11/24/psdb-de-antonio-anastasia-aecio-neves-quer-proibir-liberdade-sindical-em-minas-gerais/
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